O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma acontece, todos os anos, em 26 de maio. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), trata-se de uma doença crônica que atinge o nervo óptico, estrutura responsável por conectar o que o olho enxerga com o cérebro, para formar a visão.

O tipo mais comum é o glaucoma primário, que tende a surgir durante o processo de envelhecimento do corpo humano, especialmente a partir dos 40 anos de idade. Segundo o MS, há estudos que apontam uma prevalência de 10% na população com mais de 80 anos. Mas, conforme a Dra. Caroline Fabris, coordenadora da Oftalmologia do Hospital Moinhos de Vento, a enfermidade pode surgir em qualquer fase da vida do indivíduo.

O que é o glaucoma?

Dra. Caroline Fabris - O glaucoma é uma doença do nervo óptico, cujo termo técnico é neuropatia do nervo óptico. A enfermidade acomete indivíduos de diferentes faixas etárias e por diversas causas, podendo levar à perda do campo visual, de forma progressiva e irreversível (até o presente momento). Existem vários tipos, mas, na maioria das vezes, ocorre o glaucoma de ângulo aberto, que é uma doença totalmente silenciosa, por não ter sintomas. Ou seja, não dói, não deixa o olho vermelho, não causa nenhuma irritação e o paciente não percebe a perda da visão, que é lenta.

É verdade que o glaucoma ainda é uma das doenças que mais cega no mundo?

Dra. Caroline Fabris - De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo, ficando atrás da catarata. Conforme o Consenso sobre a doença, da Sociedade Brasileira de Glaucoma, há 12,3% de pessoas cegas no mundo por causa desta patologia e 47,8%, em função da catarata. Existem vários motivos socioeconômicos e geográficos para isso, em cada população.

Quais são os principais exames para identificar o glaucoma?

Dra. Caroline Fabris - Dentre eles, o mais importante é a biomicroscopia, que consiste em uma avaliação do nervo óptico, por meio do exame clínico com um microscópio, no próprio consultório. Também é feito um exame de mapeamento do nervo óptico, sob dilatação da pupila, para observar o seu aspecto e anatomia. Assim, é possível analisar se existem alterações que chamem a atenção para uma suspeita do início da doença ou, até mesmo, do glaucoma. Durante a consulta ainda é realizada a medida da pressão intraocular que é fundamental para a avaliação desta patologia.

Como fica a visão do paciente com glaucoma?

Dra. Caroline Fabris – Ocorre um afunilamento do campo visual, ou seja, o paciente com glaucoma vai perdendo a visão, de fora para dentro. É como se a pessoa fosse olhando cada vez mais de perto e restringisse a sua visão à central. Ela vai deixando de ter a sua visão periférica, progressivamente.

Então, todos os quadrantes de visão são estudados, vendo se existe uma evolução da doença. Isso não quer dizer, necessariamente, que o indivíduo vai perder a visão, pois a progressão desta moléstia é algo bastante particular e tem que ser acompanhada.

Na prática, como a pessoa com glaucoma enxerga?

Dra. Caroline Fabris – No glaucoma de ângulo aberto, que é o mais comum, o paciente vai perdendo a visão periférica e vai ficando somente com a visão central. É como os efeitos que têm no final de alguns filmes, onde ocorre um fechamento da imagem da tela de fora pra dentro. Assim, fica só a visão central. Infelizmente, em alguns casos existe uma progressão do glaucoma, que leva a uma extinção total da visão, de forma irreversível.

Mas o glaucoma não causa, mesmo, nenhuma dor ou sensibilidade nos olhos do paciente?

 Dra. Caroline Fabris – Não. Quando o glaucoma é de ângulo aberto ele é completamente assintomático: não causa dor, nem olhos vermelhos, nem irritação. Simplesmente existe uma progressão da perda visual de forma assintomática.

A doença chega sem avisar, pois o paciente, realmente, não sente nada. Então, é uma ameaça muito grave, porque é uma enfermidade silenciosa: não dá nenhum sinal ou apresenta sintomas, o que é bastante preocupante.

E como saber se tenho glaucoma?

Dra. Caroline Fabris – Para o diagnóstico preciso, recomendamos a realização do check-up periódico, principalmente em pacientes acima dos quarenta anos. Assim, é possível detectar algum fator de risco ou aspecto do nervo óptico e, ainda, verificar se a pressão intraocular da pessoa está aumentada.

Às vezes, o indivíduo esbarra o ombro nas paredes e quinas e começa a sentir que não está enxergando os espelhos laterais e os retrovisores do seu automóvel, ao dirigir, por exemplo. Então, por isso, no check-up anual é importante fazer a medida da pressão intraocular e a inspeção do nervo óptico.

E qual é a recomendação que a senhora deixa para os pacientes em relação à prevenção e combate do glaucoma?

Dra. Caroline Fabris – Recomendo que os pacientes façam uma consulta anual com o oftalmologista. É muito importante, principalmente para aqueles que têm familiares com glaucoma. Mesmo que sejam parentes distantes.

É imprescindível que realizem a medida da pressão ocular e a dilatação da pupila ou, pelo menos, que façam um ótimo exame do nervo óptico, anualmente, a fim de rastrear esta doença devastadora. Quem é acometido, realmente, tem risco de ficar cego. A visão preservada mantém o indivíduo conectado com o mundo! Assim, aconselho: faça as consultas periódicas de check-up ocular, todos os anos.

Quais os tratamentos atuais que impedem a evolução do glaucoma?

Dra. Caroline Fabris – O único fator de risco que hoje conseguimos controlar é a pressão intraocular do paciente, com tratamentos que podem ser feitos através do uso de colírios, dispositivos intraoculares, laser e cirurgias. Assim, se controla, se retarda e até se estabiliza a velocidade da evolução desta perda visual.

O glaucoma não tem cura. Mas como o Hospital Moinhos de Vento pode ajudar o paciente?

Dra. Caroline Fabris - O glaucoma não tem cura, mas tem tratamento. Tudo inicia com um diagnóstico preciso. Para tanto, o Hospital Moinhos de Vento e a equipe de oftalmologistas pode ajudar o paciente a fazer este diagnóstico de forma precoce, evitando o agravamento da doença. Basta uma consulta oftalmológica completa e alguns exames complementares.

Conheça a Oftalmologia do Moinhos de Vento

Portanto, não perca tempo! Mesmo que você não tenha nenhuma queixa, é sempre bom fazer check-ups de rotina para manter a sua saúde e bem-estar. Marque hoje mesmo uma consulta com a área de Oftalmologia do Moinhos. Lá, você vai receber um atendimento integral, tendo a sua disposição os melhores equipamentos oftalmológicos, o que garante agilidade no diagnóstico e tratamento de doenças.

Para mais informações, entre em contato pelo telefone: (51) 3327-7000. O horário de atendimento é das 10h às 22h, de segunda a sábado (exceto feriados). A Oftalmologia fica na Unidade Iguatemi, no 3° andar do próprio Shopping Iguatemi, localizado na Avenida João Wallig (acesso pelo Portão 3), na Capital gaúcha.

Fonte: Dra. Caroline Fabris (CRM 25713), Oftalmologista do Hospital Moinhos de Vento.

Agradeçemos pela sua inscrição!

Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
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