Há poucos dias, o Brasil foi surpreendido com a notícia de que o ex-jogador e comentarista global do Esporte, Caio Ribeiro, foi diagnosticado com um câncer linfático, mais especificamente Linfoma (ou Doença) de Hodgkin. Mas o que seria isso? O nome, agora famoso nas redes sociais, ainda causa estranhamento, até porque a enfermidade é relativamente rara. A boa notícia é que o Linfoma de Hodgkin é visto como uma doença curável, principalmente quando o tratamento é adequado e precoce. Isso é tão importante que até foi criada uma data para ajudar a lembrar: 15 de setembro é o Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas.

Caio Ribeiro, extremamente consciente, não perdeu tempo. Relatou em suas postagens que, logo que descobriu o caroço no pescoço, durante uma sessão de fisioterapia (para o joelho), foi até o hospital, fez exames, punções e já recebeu o diagnóstico. Por sorte, a descoberta foi bem no começo. “Localizado só no pescoço. Super tratável e com chances enormes (mais de 90% de cura). Dos males o menor”, comemorou.

O Dr. Sérgio Roithmann, oncologista clínico e Chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento, esclarece que Linfoma ou Doença de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina nos linfonodos, que são gânglios que produzem as células responsáveis pela imunidade. “Podem surgir em qualquer região do corpo: principalmente em gânglios no pescoço (como no caso do apresentador), axila, virilha ou, então, em locais internos como no tórax ou abdômen”, explica. O preocupante é que a doença inicia em uma região de linfonodos e depois pode se espalhar para outras áreas do organismo, através dos vasos linfáticos.

E a doença não escolhe seu paciente. Pode ocorrer em qualquer faixa etária; porém é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (de 15 a 29 anos) e idosos (de 75 anos ou mais). Os homens têm maior propensão a desenvolver o Linfoma de Hodgkin do que as mulheres. Por isso, é preciso estar atento. Atualmente, não existe como prevenir esta enfermidade e a melhor forma de ajudar na cura é, mesmo, a detecção precoce.

Conheça os sinais

Os sinais de alerta são o crescimento de linfonodos (ínguas), principalmente no pescoço, axilas e virilhas. “Muitas pessoas tem linfonodos normais nestas áreas; o que deve preocupar é o crescimento deles. Em geral, sem dor. Pode haver sintomas como febre, emagrecimento, suores noturnos, prurido. Nestes casos, o indicado é procurar um médico, principalmente se os sintomas não melhorarem em poucos dias”, ressalta Dr. Sérgio Roithmann.

O diagnóstico é feito com uma biópsia (retirada cirúrgica) de um linfonodo aumentado de tamanho. A maioria dos casos é tratada com quimioterapia, às vezes, associada à radioterapia. Existem progressos importantes com o uso de anticorpos monoclonais, imunoterapia e o transplante de medula óssea, que podem ser usados em casos de recidivas.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) tivemos apenas 2.640 casos no País, no ano de 2020. Mas podemos comemorar que a incidência de casos novos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto que a mortalidade foi reduzida em mais de 60%, desde o início dos anos 1970, devido aos avanços no tratamento. A maioria dos indivíduos com Linfoma de Hodgkin pode ser curada com o tratamento disponível. O risco aumenta um pouco em pessoas com algum quadro de imunossupressão (após transplante de órgãos ou portadoras do HIV, por exemplo).

Portanto, se percebeu algum carocinho estranho em você ou em um amigo ou parente e ele está ali há dias, sem dor, mas aumentando, procure já o seu médico ou indique a outra pessoa. Tratamento precoce salva vidas e a equipe médica do Hospital Moinhos pode lhe auxiliar.

Fonte: Dr. Sérgio Roithmann (CRM 13319), oncologista clínico e Chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento

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