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September 22, 2017 |Institucional
Perder a capacidade de falar é uma das principais sequelas do câncer de laringe, o que impacta a qualidade de vida e nas relações sociais de pacientes que já passaram pelo difícil tratamento de câncer. Entre os sintomas da doença está a rouquidão que não melhora com tratamentos clínicos em 15 dias. “Nódulo no pescoço que não some em 15 dias também pode ser o primeiro sinal de um câncer de boca, faringe ou laringe. Outros sintomas incluem tosse, dificuldade para se alimentar, sangramentos, mau hálito ou apenas desconforto local. A dor costuma surgir apenas em tumores mais avançados”, salienta Daniel Sperb, cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Moinhos de Vento.
Nos tumores de laringe, a cirurgia de retirada do órgão é um tratamento utilizado como última opção, quando os tumores estão muito avançados ou para pacientes que resistem a outros tipos de intervenção. Como consequência, o indivíduo perde a capacidade de falar normalmente e fica com um orifício aberto no pescoço para poder respirar. “Se faz um esforço enorme para evitar essas sequelas. No entanto, temos que lembrar que não podemos arriscar a chance de cura no intuito de diminuir os efeitos do tratamento”, ressalta Sperb.
Nos tumores de laringe, a cirurgia de retirada do órgão é um tratamento utilizado como última opção, quando os tumores estão muito avançados ou para pacientes que resistem a outros tipos de intervenção.
A recuperação vocal do paciente pode ser feita por uma equipe fonoaudiológica especializada. Segundo o médico, o mais indicado é usar o que se chama de voz esofágica. Outras opções incluem a eletrolaringe, derivações cirúrgicas e próteses. “A qualidade vocal da prótese é muito boa, no entanto precisa ser trocada três a quatro vezes por ano, tornando-a menos prática do que o ideal”, explica o médico.
Outros tipos de tratamento para os cânceres de laringe incluem as cirurgias parciais, radioterapia associada ou não à quimioterapia e algumas vezes, a combinação dos três tratamentos. A evolução dos equipamentos médicos, quimioterápicos e técnicas cirúrgicas proporcionam constantes atualizações nas indicações de cada tipo de tratamento.
Para evitar esse tipo de doença o médico indica diminuir o tabagismo, reduzir consumo alcoólico, evitar trocas de parceiros sexuais e realizar a vacinação para o HPV.
Fonte: Dr. Daniel Sperb (CRM: 23988), cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Moinhos de Vento.