Miopia e o excesso de telas na infância

Sintoma mais comum da miopia, a dificuldade para enxergar de longe pode começar ainda na infância.  Segundo a médica oftalmologista do Hospital Moinhos de Vento Adriana Szortika, a miopia acontece quando o olho cresce mais do que o normal. Começa a aparecer na infância quando o olho está em desenvolvimento, mas pode acometer outras faixas etárias. Além da dificuldade para enxergar de longe, pode ocasionar também dor de cabeça, dor nos olhos e fazer com a pessoa feche os olhos para tentar enxergar melhor: “Na infância, é comum a criança se levantar e ir até o quadro e franzir a testa para tentar enxergar, sentar muito perto da televisão e piscar em excesso” comenta.

A importância do diagnóstico precoce da miopia

A primeira consulta com o oftalmologista deve ser logo após o nascimento, com o teste do olhinho. A orientação é que os pais levem as crianças para consulta novamente em torno de 3 anos de idade e quando começar a alfabetização. “Caso os pais percebam qualquer alteração, é preciso consultar imediatamente” frisa a médica.

A doença não tem uma única causa e as influências podem ser genéticas e ambientais. Segundo a médica, o excesso do uso das telas como computador, celular, tablets e televisão e a falta de atividades ao ar livre têm sido considerados como fatores de risco para o surgimento ou progressão da doença em crianças e adolescentes. Como forma de buscar retardar o aparecimento da doença, ela orienta aumentar a exposição à luz solar com atividades externas e diminuir o uso de telas digitais.

Para orientar os pais, a Sociedade Brasileira de Pediatria tem recomendações para o tempo de uso de telas por faixa etária:

·       Menores de 2 anos: evitar o uso;

·       Entre 2 e 5 anos: até 1 hora/dia com supervisão dos responsáveis;

·       Entre 6 e 10 anos: até 2 horas/dia com supervisão dos responsáveis;

·       Entre 11 e 18 anos: até 3 horas/dia.

“A miopia que começa cedo pode ocasionar alterações graves, levando, até mesmo, à cegueira. E quando se fala em progressão da miopia, precisamos pensar nos casos de cegueira irrecuperáveis por descolamento de retina, alta miopia, degeneração de retina e glaucoma”, alerta. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2050, metade da população mundial será míope.

 

Tratamentos

A correção da miopia pode ser realizada com óculos, lente de contato, cirurgia refrativa e ortoceratologia - uma lente corretora especial de uso noturno que deve ser usada todas as noites e retiradas ao acordar, possibilitando ao paciente boa visão durante o dia sem a necessidade de correção (óculos ou lente de contato). “Nas crianças e adolescentes, além de possibilitar boa visão durante o dia, a ortoceratologia diminui a progressão da miopia, reduzindo também todas as alterações associadas com a alta miopia e a cegueira”, diz a médica.

Segundo Adriana, a cirurgia refrativa é indicada para quem busca independência dos óculos: “São necessários alguns pré-requisitos como idade maior de 21 anos, estabilidade de grau por um ano, ter boa saúde ocular e não estar grávida, entre outros”, conclui.

Fonte: Adriana Szortika médica oftalmologista do Hospital Moinhos de Vento

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Prêmios e Certificações

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