Desde o começo do ano, foram registrados oito casos de meningite no Rio Grande do Sul. Deste total, dois casos com morte, ambos em São Leopoldo. O Chefe de Serviço da Infectologia do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Alexandre Zavascki explica o que é esta doença e como combatê-la.  

Entenda a meningite

A meningite é caracterizada pela inflamação das meninges – membranas que envolvem o cérebro e medula espinhal como “capas”. Essa infecção pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos. A bactéria mais comum em adultos e crianças é o pneumococo, em seguida o meningococo. Apesar de ser mais comum no inverno, a meningite bacteriana, não possui determinada sazonalidade, está constantemente presente, por isso é importante sempre procurar os profissionais indicados. Para casos infantis, recomenda-se o contato com médicos pediatras, para adultos buscar médicos infectologistas.  Em situação de suspeita de meningite, procure avaliação médica imediata.

A vacinação é a medida preventiva mais eficaz existente.

 

Tratamento e prevenção

Cada caso exige um tratamento diferenciado, que varia conforme a causa da meningite, se viral, bacteriana ou por fungos. Geralmente, o paciente precisa ser hospitalizado para receber o tratamento adequado. As meningites bacterianas são tratadas através do uso de antibióticos específicos. A conscientização é importante para que a sociedade procure saber sobre a doença e suas formas de prevenção.  Atualmente, a meningite está em pauta na imprensa, colocando a população em alerta para estes acontecimentos, porém não podemos caracterizar os casos recentes como um surto. A vacinação é a medida preventiva mais eficaz existente. Atualmente existem três tipos de vacinas contra a meningite meningocócica: C, ACWY e B com indicações específicas conforme cada paciente. A vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b é indicada para imunização de bebês e crianças a partir dos dois meses de vida. Além disso, existe vacina contra os vários tipos de pneumococo. A Unidade de Vacinas do Hospital Moinhos de Vento está preparada para receber todas as demandas de imunização.

Fonte: Chefe de Serviço da Infectologia do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Alexandre Zavascki