Existem mais de 20 tipos diferentes do linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada. São frequentes na infância e os homens são mais predispostos do que as mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Esses linfomas ocupam o terceiro lugar das neoplasias malignas mais comuns na infância e adolescência.   

Entre os subtipos, existe o linfoma de Burkitt, que precisa de um cuidado especial. Esse tumor é muito sensível à quimioterapia, e, em crianças, as taxas de cura podem superar os 90%, sobretudo nos casos de estágios iniciais. 

Segundo a médica hematologista do Hospital Moinhos de Vento, Liane Daudt, essa enfermidade surge a partir do aparecimento de linfonodos aumentados (inchaços) pelo corpo. Também por meio de dor e/ou surgimento de massa no abdômen, intestino preso ou diarréia. “Existe a perda de apetite, náusea, sangue nas fezes e aumento de volume da mandíbula nas formas endêmicas”, complementa.

Existem três causas desse tumor: endêmica, esporádica e associada à imunodeficiência. Ainda não se sabe exatamente o que acontece para que o linfoma de Burkitt se desenvolva, entretanto sabe-se que há alguns fatores de risco. “São por meio de infecções como a mononucleose ou HIV, por exemplo, nas formas endêmicas que são mais comuns em países em desenvolvimento ou pobres. Outras formas são medicamentos imunossupressores, principalmente utilizados após transplantes, radioterapia e doenças congênitas associadas a imunodeficiências”, explica.

Diagnóstico e tratamento

Para confirmar o linfoma de Burkitt, é preciso fazer uma biópsia do local acometido para análises que apontem se há a presença da doença e suas características. Exames de imagem como tomografia ressonância ou Pet CT, exames de sangue e análises da medula óssea e do líquor são importantes para determinar a extensão e estadiamento da doença.

O tratamento de escolha para esse linfoma é a quimioterapia combinada com anticorpos monoclonais, de acordo com o estadiamento da doença. Para os estágios iniciais, a quimioterapia é menos intensa e rápida, enquanto que para os estágios avançados é mais agressiva e demorada. Durante o tratamento os pacientes recebem as medicações por via endovenosa, oral e intratecal. 

Neste pacientes a fase inicial do tratamento é muito crítica, pois requer cuidado com risco de síndrome de lise tumoral e insuficiência renal. “Além disso, durante todo o tratamento existe a cuidados com efeitos adversos da quimioterapia associados ao risco de infecções”, pontua a médica. 

Acompanhamento após o tratamento

Todas as crianças submetidas ao tratamento do câncer na infância devem ter um seguimento tardio, com o intuito de prevenir complicações como: infertilidade, risco de segunda neoplasia, alteração do crescimento e alterações endocrinológicas.

Com um atendimento multiprofissional especializado, o Hospital Moinhos de Vento acolhe todas as necessidades da criança e família em ambiente protegido e voltado para o tratamento do câncer infantil. Além disso, dispõe de toda tecnologia para o diagnóstico preciso e rápido, e de todas modalidades de tratamento disponíveis modernas e consolidadas para melhor o resultado.  

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Fonte: Liane Daudt, médica hematologista do Hospital Moinhos de Vento

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