De acordo com um relatório da Sociedade Americana do Câncer (ACS), a taxa de mortalidade por câncer nos EUA caiu um terço desde um pico em 1991. Este pico foi desencadeado por casos de câncer de pulmão, que foram consideravelmente controlados com a redução de pessoas fumantes nos últimos anos.
Inclusive, o relatório "Estatísticas do Câncer, 2022" documenta uma redução de 32% nas mortes por câncer nos Estados Unidos. Tudo isso foi possível devido a uma junção de técnicas modernas de prevenção, rastreamento, diagnóstico precoce e tratamento de câncer.
Mudanças de hábitos, diagnóstico precoce e novos tratamentos
Segundo o Dr. Sérgio Roithmann, chefe de oncologia do Hospital Moinho de Vento, a principal causa desta redução na taxa de mortalidade foi “a mudança de alguns hábitos de vida, principalmente no número de fumantes. Os americanos combateram energicamente o tabagismo.” O especialista ainda reitera que o câncer de pulmão é o que mais resulta em óbitos, motivo que explica a redução da mortalidade, com o combate do tabagismo.
O Brasil pode se espelhar nesta evolução dos Estados Unidos, trabalhando incansavelmente para diminuir as mortes por câncer, investindo não só no diagnóstico precoce, educação da população quanto a importância deste e tratamentos, mas também no incentivo à mudanças de hábitos que podem proporcionar uma saúde melhor.
Como o Brasil pode atuar
“Um fator importante é a velocidade no acesso ao diagnóstico e ao tratamento que tem aumentado a taxa de sobrevida dos pacientes, e também os novos tratamentos a pacientes que já têm um diagnóstico de câncer. A imunoterapia, por exemplo, possibilita sobrevidas longas, e até mesmo a cura, em pacientes com melanoma ou alguns tipos de câncer de pulmão”, afirma o Dr. Sérgio Roithmann.
Dr. Sérgio continue dizendo: “Nos nossos serviços de medicina suplementar, conseguimos reproduzir resultados semelhantes ao que vemos nos Estados Unidos. No Hospital Moinho de Ventos, mais de 90% dos casos de câncer de mama são descobertos no estágio inicial, o que possibilita uma taxa de cura também em torno de 90%.”
EUA ainda luta contra as estatísticas
A vacina contra o HPV é outro avanço no combate ao câncer. A vacina pode prevenir câncer no colo uterino e da orofaringe. Mas a taxa de vacinação de jovens pré-adolescentes ainda é muito baixa em todo mundo.
Ainda, a Cancer Journal for Clinicians destaca em sua publicação de 2021 o movimento de vacinação pelo HPV nos EUA. No país, o câncer de colo do útero ocasiona 11 óbitos por dia, sendo metade destes em mulheres com menos de 50 anos. Esta é a segunda causa de morte entre mulheres de 20 a 30 anos.
Apesar dessa alta mortalidade do câncer de colo de útero, a vacinação nos EUA ainda é inferior a muitos outros países, como a Inglaterra. Na Inglaterra, a vacinação de meninas de 12 e 13 anos contra o HPV reduziu as taxas de câncer de colo de útero em 87%, de acordo com estudo da revista The Lancet.
Os pesquisadores do Cancer Journal for Clinicians ainda destacam, em seu estudo, outros aspectos importantes deste panorama. Segundo suas considerações, o câncer, nos EUA, é a principal causa de morte entre hispânicos e americanos de origem asiática. Além disso, em termos raciais, a sobrevida global em 5 anos é de 68% para brancos e 63% para negros.
Os estudos ainda consideram que a incidência de câncer de mama subiu 0,5% ao ano entre 2008 e 2017. Infelizmente, esta elevação é atribuída em parte à diminuição da fertilidade e ao aumento do sobrepeso.
Apesar das melhores taxas de cura, a incidência global do câncer está aumentando e a perspectiva é que o número vai continuar crescendo na próxima década, devido ao envelhecimento da população mundial.
O Brasil supera os EUA em relação a tratamento gratuito
Todas as estatísticas apontam que o acesso ao diagnóstico e tratamento tem grande importância na taxa de cura. O Brasil, inclusive, tem um sistema público de saúde disponível, o SUS, que oferece o tratamento ao câncer, nossa maior dificuldade é a demora na procura dos serviços e o encaminhamento dos pacientes para os centros especializados.
Em contrapartida, nos EUA, os preços dos medicamentos contra o câncer são altos e, muitas vezes, não são acessíveis à população. O artigo Vokinger, KN et al. no Lancet Oncology avaliou a relação custo/benefício dos medicamentos para câncer aprovados nos EUA e em quatro países europeus (Inglaterra, Suiça, Alemanha e França). O estudo concluiu que o custo mensal do tratamento para câncer foi quatro vezes maior nos EUA.
Portanto, entende-se que o maior esforço que o Brasil precisa fazer é diminuir as barreiras para que o paciente possa, o mais rápido possível, chegar ao diagnóstico. Este já é um propósito contundente do Moinho de Ventos, que conta com um centro de oncologia reconhecido nacionalmente.
No sistema suplementar, o Brasil consegue resultados semelhantes aos bons centros europeus e americanos, inclusive, o Centro de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento Lydia Wong Ling oferece uma estrutura completa e atendimento humanizado, para que o paciente tenha todas as necessidades atendidas e o seu tratamento possua maiores chances de sucesso.