O câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre os homens, representando 29% dos diagnósticos da doença no País. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 66 mil novos casos são diagnosticados a cada ano. Neste cenário, a medicina de precisão vem para aliviar o sofrimento de pessoas acometidas pela doença. 

Um estudo inédito desenvolvido no Núcleo de Medicina Robótica do Hospital Moinhos de Vento mostrou a preservação da qualidade de vida de pacientes e diminuição de infecções, após reduzir o tempo de uso da sonda pós-operatória. A retirada aconteceu em menos de 24 horas. Assim, de forma inédita, é possível ir para casa sem a sonda vesical. O método tradicional deixa uma sonda no pênis do paciente pelo período de sete a dez dias, o que provocava dor, desconforto e até mesmo sangramento durante a recuperação. 

O líder do Núcleo de Cirurgia Robótica Urológica e autor do estudo, André Berger, comemora os resultados: "Esta foi a primeira vez na literatura mundial de urologia em que após uma prostatectomia radical se conseguiu, com segurança, retirar a sonda vesical dos pacientes em menos de 24 horas depois da cirurgia”.

O procedimento faz parte do protocolo de recuperação rápida pós-cirúrgica, desenvolvido pelos profissionais da equipe. O protocolo inclui a eliminação do uso de opióides — medicamentos que atuam no sistema nervoso para aliviar a dor — , além de medicações que relaxam a bexiga e estimulam o retorno da função intestinal.

Os resultados foram divulgados no British Journal of Urology, um dos periódicos científicos mais relevantes do mundo na área da Urologia. 

Medicina de precisão: uma aliada ao tratamento do câncer de próstata

Diferente da cirurgia convencional, a robótica proporciona menos agressão ao paciente. Com cortes menores, a taxa de sangramento diminui e a recuperação é mais rápida. O uso de robôs na cirurgia de retirada de tumor de próstata facilita a visualização da área a ser operada pelos médicos, que utilizam instrumentos pequenos e com uma maior flexibilidade.

“Desta forma tanto o controle oncológico do câncer de próstata como a preservação funcional das ereções e do controle urinário ficam muito melhores nos pacientes que são submetidos a cirurgia robótica”, comenta Berger.

Este tipo de cirurgia tem apresentado resultados animadores para os pacientes acometidos pela doença. Segundo ele, 90% dos que se submeteram à cirurgia tiveram a retirada completa do câncer. Além disso, a preservação do controle urinário foi de 95%, e os dados de retorno e preservação da função sexual foram de 80%. “Nós conseguimos mostrar que a cirurgia é muito segura e não interfere na qualidade de vida dos pacientes”, reforça o especialista.

Fonte:

Dr. André Berger (CRM 26450) - Chefe do Núcleo de Medicina Robótica do Hospital Moinhos de Vento

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