A osteoporose é uma doença de causa multifatorial caracterizada pela diminuição da absorção e da retenção de cálcio pelo organismo, que gera uma perda excessiva ou continuada de massa óssea, resultando em uma maior fragilidade dos ossos e, consequentemente, na suscetibilidade do paciente a quedas e fraturas. Só no Brasil, a doença atinge mais de dez milhões de pessoas segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso), sendo as mulheres a partir dos 50 anos o grupo mais afetado.

A médica Karina Gatz Capobianco, chefe do serviço de Reumatologia do Hospital Moinhos de Vento, explica que, nas mulheres pós-menopausa, “o principal fator envolvido é a deficiência do hormônio estrogênio, mas fatores de risco, como história familiar de osteoporose (fator genético), sedentarismo, uso de medicamentos que provocam a perda de massa óssea por tempo prolongado, tabagismo, alcoolismo e doenças inflamatórias crônicas, podem também levar à osteoporose”. 

Esses demais fatores de risco se apresentam também em outros grupos sociais, como homens, crianças e jovens, o que explica porque a osteoporose não é uma doença que acomete apenas mulheres mais velhas. A reumatologista Karina, aproveitando o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, destaca alguns tópicos sobre a doença nesses demais grupos de pacientes:

Homens

A osteoporose nos homens é um pouco mais rara do que nas mulheres, em função de uma certa proteção da testosterona. Apesar disso, a doença pode acometer a partir dos fatores de risco já mencionados, além de obesidade mórbida e dieta inadequada. Normalmente, ela acontece de forma mais tardia do que na mulher, porque o homem fica mais tempo com o pico de massa óssea, já que não passa pela menopausa.

A médica alerta que, quando houver a possibilidade de diagnóstico de osteoporose no homem, deve-se fazer uma ampla investigação clínica para verificar a existência de uma doença sistêmica inflamatória crônica ou mesmo neoplásica, como espondilite anquilosante, neoplasias ou hipovitaminose D, que pode ser a causa da osteoporose, se confirmada.

Crianças

“Crianças mais frequentemente desenvolvem raquitismo quando submetidas a uma baixa ingestão de cálcio, privadas da exposição solar (desenvolvem hipovitaminose D) ou também, de forma indireta, a partir do uso de medicações para tratamento de doenças crônicas (artrite idiopática da infância), neoplasias e epilepsia, que baixam a densidade óssea”, explica Karina. 

Entre essas medicações, destaque para os corticoides, que são uma das principais causas para a perda de massa óssea e, consequentemente, para o aumento do risco de fratura. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, de 30 e 50% dos pacientes que usam a medicação por mais de três meses, sofrem algum tipo de fratura.

No caso da infância, outro fator de risco significativo é a má alimentação, atrelada ao sedentarismo, que impede o desenvolvimento de uma massa óssea adequada, que deve acontecer até os 30 anos de idade, no caso da mulher.

Jovens e adultos

A faixa etária dos jovens e adultos também pode ser acometida pela osteoporose, especialmente quando associada a outra patologia ou fatores de risco já mencionados. Apesar disso, essa idade é o momento ideal para a formação óssea adequada, que poderá prevenir a osteoporose. “Alimentação regrada e saudável, evitando tabagismo, uso abusivo de bebidas alcoólicas e fazendo atividade física de forma disciplinada” são as orientações da reumatologista Karina.

Idosos

Apesar de mais comum entre as mulheres, homens idosos também devem ser submetidos a avaliações clínicas periódicas para diagnosticar a osteoporose. A médica alerta que a doença tem uma evolução silenciosa, sendo comum que a primeira manifestação clínica seja uma fratura espontânea. “Para evitar essa situação, os idosos devem ser incentivados aos cuidados referentes à alimentação adequada, exposição solar ou reposição de vitamina D, prevenção de quedas e atividade física regular para evitar a perda de massa muscular”, orienta.

Fonte: Dra. Karina Gatz Capobianco, chefe do serviço de Reumatologia do Hospital Moinhos de Vento.

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