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September 16, 2015 |Institucional
A dor crônica é uma condição que afeta milhões de brasileiros e que, em muitos casos, compromete a rotina das pessoas. De acordo com o anestesista Dr. João Marcos Rizzo, da Clínica da Clínica de Dor do Hospital Moinhos de Vento, considera-se dor crônica toda a dor que persiste por mais de três meses. Mas felizmente hoje a medicina disponibiliza uma grande quantidade de recursos para o seu controle. Os analgésicos podem ser Administrados por diversas vias, mas a mais utilizada é a via oral. Alguns medicamentos são chamados coadjuvantes e potencializam a ação das medicações analgésicas, além de melhorarem a qualidade do sono, diminuírem as náuseas e os vômitos e controlarem a tristeza, o desânimo e até mesmo a depressão.
Identifique os tipos que podem ser tratados:
Síndromes dolorosas osteomusculares – Fibriomialgia, ombro doloroso, artroses, tendinites crônicas, síndrome do músculo piriforme, síndrome dolorosa miofascial, cervicalgias e lombalgias.
Dores relacionadas ao câncer – Originadas da própria doença, metástases ósseas, dores pós radioterapia e/ou quimioterapia.
Dores orofaciais – Distúrbios da articulação temporo-mandibular, dor facial atípica, neuralgias de face e cefaléias.
Síndromes neuropáticas crônicas – Neuropatias periféricas, síndrome regional de dor complexa, radiculopatias, dor central, neuralgias crônicas.
Conheça os tratamentos para quem sofre com dores constantes
Procedimentos Minimamente Invasivos
– Radiofrequência: é um procedimento moderno e seguro, cada vez mais utilizado no tratamento de diferentes tipos de dores. A técnica é hoje uma das principais indicações de tratamento para diversos tipos de dores com origem na coluna vertebral. Ela funciona da seguinte forma: uma corrente elétrica de alta frequência (500.000 Hz) é produzida por um aparelho chamado gerador de radiofrequência. A onda é transmitida através de um cabo até um eletrodo que é colocado dentro de uma agulha. A agulha é inserida através da pele do paciente. A onda de radiofrequência percorre o eletrodo até a ponta da agulha, modulando o impulso elétrico no nervo, diminuindo o sinal de dor até o cérebro.
– Bloqueios Analgésicos: consiste em interromper impulsos sensitivos de uma região do corpo específica, diminuindo ou até eliminando por completo a dor. A maioria deles atinge uma área bem específica, tendo como alvo um determinado nervo ou raiz nervosa. Outros, menos específicos, visam áreas mais amplas. O exemplo mais comum deste procedimento mais abrangente é o bloqueio peridural com corticoide lombar ou cervical.
– Aplicação de toxina botulínica: a substância é aplicada no músculo que está atrofiado em decorrência de alguma lesão do sistema nervoso central. Ela inibe a liberação da acetilcolina diminuindo o estímulo nervoso, relaxando a musculatura. Existem outras indicações que devem ser discutidas com seu médico.
– Instalação de bombas de infusão espinhais: uma bomba de infusão de fármaco (sistema de infusão intratecal de fármaco) foi projetada para reduzir dor crônica liberando medicação analgésica no espaço intratecal que circunda a medula espinhal. Devido a esse tratamento liberar medicação contra a dor diretamente nos receptores de dor próximos à medula espinhal, necessita-se somente de doses menores de medicação para conseguir alívio para algumas neuropatias dolorosas específicas.
– Neuro-estimulação medular: consiste em aplicar estímulos sobre a medula espinhal para interromper os sinais de dor transmitidos desta para o cérebro. É uma alternativa de tratamento seguro e eficaz para controle de dores crônicas refratárias neuropáticas cervicais, torácicas ou lombares, de braços, mãos, pernas e pés, que podem se originar por distúrbios de nervos, por problemas na coluna, síndrome de dor regional complexa, múltiplas cirurgias prévias, entre outros.
– Estimulação elétrica transcraniana: A Estimulação Elétrica Transcraniana (tDCS) consiste na aplicação de corrente elétrica contínua de baixa intensidade sobre a cabeça, capaz de gerar mudanças na excitabilidade cerebral. A técnica pode aumentar ou reduzir a atividade cerebral dependendo do local e posicionamento dos eletrodos na cabeça, que por sua vez dependerá do tipo de dor do paciente. A indicação inicial é de 5 a 10 sessões. Dependendo da resposta nos primeiros 14 dias, decide-se sobre qual o melhor esquema de aplicação a ser seguido. Exemplo: duas sessões semanais, duas sessões quinzenais e etc.