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June 23, 2025 |Institucional
Com a oscilação das temperaturas das últimas semanas já percebemos um aumento significativo nos quadros de doenças respiratórias e a busca pelos serviços de saúde. As baixas temperaturas, a maior permanência das pessoas em ambientes fechados e com pouca ventilação, e a consequente facilidade de transmissão de vírus e bactérias criam um cenário propício para a proliferação de infecções do trato respiratório.
Para o chefe do serviço de Infectologia do Hospital Moinhos de Vento, Alexandre Zavascki, as doenças respiratórias representam um vasto grupo de condições que afetam as vias aéreas e podem ser divididas em dois tipos: doenças do trato respiratório superior, que afetam nariz, garganta e seios paranasais - como rinite e sinusite -, e as doenças do trato respiratório inferior, as quais acometem os brônquios e pulmões - como bronquite e pneumonia. “A maioria dessas doenças é causada por vírus, mas bactérias também desempenham um papel significativo, especialmente em casos mais graves. Por isso, é crucial entender a diferença entre infecções virais e bacterianas para utilizar de forma eficaz os medicamentos como antibióticos, os quais são eficazes apenas contra bactérias e não devem ser usados para tratar infecções virais, como o resfriado comum”, explica.
Embora existam diversos tipos de doenças respiratórias, algumas se destacam pela frequência e pela gravidade potencial, como a gripe (causada pelo vírus Influenza), a Covid-19 (causada pelovírus SARS-CoV-2), os resfriados comuns (provocados pelos mais variados tipos de vírus), as infecções bacterianas (que atingem o trato respiratório superior), a bronquiolite (infecção do trato respiratório inferior) e a asma (condição inflamatória das vias aéreas). Além disso, o especialista destaca a importância em reconhecer os sintomas e buscar orientação médica para o manejo eficaz dessas condições, uma vez que os sintomas costumam ter semelhança e é preciso investigação clínica.
Zavascki recomenda que a orientação médica seja procurada a partir de critérios para um diagnóstico adequado, como em casos de cansaço excessivo ou falta de ar, sintomas persistentes por mais de três dias, tremores incontroláveis e calafrios, alterações nos sinais vitais ou febre muito alta. “Evitar a automedicação é fundamental. O uso indiscriminado de antibióticos para infecções virais é ineficaz e pode levar a efeitos colaterais. Da mesma forma, o uso de corticosteróides sem recomendação médica pode agravar o quadro infeccioso”, pontua.
Assim como em diversos casos, nos quadros de doenças respiratórias a prevenção é a melhor estratégia para evitar as doenças e suas complicações. O infectologista destaca que é importante entender cada quadro e saber o momento para procurar ajuda clínica é essencial, mas ter conhecimento sobre os métodos preventivos também são medidas importantes para cuidar da saúde da comunidade.
“Procure cobrir a boca e o nariz com o braço ao tossir ou espirrar; mantenha a distância de pessoas com sintomas respiratórios; ao conviver com pessoas sensíveis ou doentes, utilize máscara; lave suas mãos com frequência com água e sabão ou utilize álcool em gel; e mantenha a vacinação em dia, pois é uma das medidas mais importantes para evitar o agravamento de infecções como Influenza, Covid-19, Pneumonia, entre outras”, finaliza. A adesão a essas práticas é fundamental para minimizar a propagação de infecções respiratórias e proteger a saúde pública.