Aproximadamente 20 milhões de pessoas são acometidas pela asma no Brasil atualmente, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Apesar de afetar a qualidade de vida quando não controlada, a doença é tratável, o que possibilita que a maioria dos pacientes tenham uma vida normal mediante o tratamento adequado com controle dos sintomas. Para aumentar a conscientização sobre a doença em todo o mundo, a Global Initiative for Asthma, (GINA) celebra o Dia Mundial da Asma no dia 5 de maio. A asma é uma doença comum das vias aéreas (brônquios), causada pela inflamação destas estruturas, o que dificulta a passagem do ar. 

 

Entre os principais sintomas estão a falta de ar ou dificuldade para respirar, aperto no peito, chiado e tosse. Alguns desses sintomas são comuns também à Covid-19, o que pode tornar a diferenciação entre as duas doenças mais difícil: “Tosse e falta de ar podem ser causadas por ambas as doenças. Chiado no peito costuma representar um envolvimento do componente da asma, mas pode também ser um episódio de asma desencadeado pelo coronavírus” alerta o pneumologista pediátrico Paulo Pitrez,  Head do Instituto de Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento e único membro do Comitê Científico da GINA da América Latina. Ele alerta que, durante a pandemia, todo sintoma respiratório deve levantar a suspeita de Covid-19, por isso é importante buscar atendimento médico o mais breve possível.

 

Segundo o médico, a asma pode levar ao agravamento do quadro de um paciente infectado pela Covid-19: “Um estudo observacional realizado com mais de 75 mil pacientes no Reino Unido demonstrou que pacientes com asma têm um risco maior de apresentar quadros mais graves necessitando de UTI e que a asma grave está associada à mortalidade mais elevada quando comparada a pacientes com asma não grave”, lembra. Ele faz um importante alerta: “Até o presente, recomenda-se que todo o paciente com asma mantenha sempre seu tratamento preventivo (corticoide, broncodilatadores e imunobiológicos), inclusive durante qualquer episódio de infecção por Covid-19", ressalta. 

 

Vacina da Influenza protege de crises causadas pelo vírus

 

Como fator de proteção, a vacina contra a gripe pode reduzir o risco de uma crise de asma causada pelo vírus Influenza, porém, ainda não se sabe se as vacinas contra a Covid-19 teriam o mesmo efeito: “Não há nenhuma evidência científica sólida que demonstre que as vacinas da Covid-19 reduzam o risco de uma crise de asma”, aponta.  

O médico alerta que os pacientes com asma devem seguir os mesmos cuidados orientados à população em geral durante a pandemia: distanciamento social, uso de máscaras, higiene constante das mãos e realização da vacina para os grupos disponíveis. 

 

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia publicaram orientações sobre a asma durante a pandemia da Covid-19 e entre as recomendações, está evitar o uso de medicamentos nebulizados, já que eles podem aumentar a dispersão de partículas aéreas e do vírus SARS-CoV-2. Segundo os órgãos, a preferência nestes casos deve ser por inaladores dosimetrados pressurizados com espaçador e inaladores de pó seco. 

Fontes: 

Dr. Paulo Pitrez, pneumologista pediátrico e Head do Instituto de Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento. 

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