Comemora-se hoje, 29 de abril, o Dia Internacional da Dança. A data acontece anualmente e tem como objetivo homenagear uma das manifestações artísticas mais antigas que existem. A prática favorece a saúde física e mental com bons resultados para uma melhor qualidade de vida. A professora de dança, Aline Mendes conta quais são os benefícios da dança para seus praticantes.

A dança e sua relação com a saúde

A dança proporciona benefícios para o bom funcionamento do organismo e ajuda a manter a forma, melhorar a postura e condições cardiorrespiratórias. Além disso, pode ajudar a saúde emocional, seguindo os imperativos da sensibilidade e da emoção. A dança vem conquistando novos adeptos por proporcionar alegria e diversão. É uma atividade que considera o ser integrado, transdisciplinar e artístico. Através da dança há um cuidado de si, uma possibilidade de autoconhecimento e uma reflexão crítica sobre o ser e o mundo, também estabelecendo uma reconexão com a natureza. A psiquiatra do Hospital Moinhos de Vento, Dra. Gabriela Lotin Nuernberg ressalta as vantagens na saúde de quem tem a dança na sua rotina. “Podemos dizer que a dança é uma atividade bastante completa – ela estimula a mente, o físico, o social. Em relação às emoções, a dança tem efeitos positivos como a redução dos níveis de estresse, o aumento da autoestima e da autoconfiança, a melhora da expressão e da regulação emocional. Ela também age na nossa motivação, no humor, nas nossas interações com as outras pessoas”, observa.

Quando dançamos, ativamos múltiplas funções e vias cerebrais.

E acrescenta: “Quando dançamos, ativamos múltiplas funções e vias cerebrais. Na dança, além da ativação de vias complexas, o cérebro também faz a conexão entre essas vias. A complexidade da dança nos faz trabalhar a visão, a audição, a memória, a cognição, a emoção. Existem alguns estudos que mostram que a dança promove neuroplasticidade. Assim, praticar a dança pode ser especialmente importante para os idosos que querem ter qualidade de vida e prevenir demência”.