A surdez pode ser uma manifestação de doenças graves, como tumores ou alterações vasculares do sistema nervoso central. A avaliação adequada pelo otorrinolaringologista é essencial para identificação precoce e manejo adequado da perda auditiva e das comorbidades associadas.

Neste Dia de Prevenção e Combate à Surdez, 10.11, o blog Saúde e Você conversou com a Dra. Daniela Dall Igna, otorrinolaringologista do Hospital Moinhos de Vento, para desmistificar algumas dúvidas sobre o assunto.  

A especialista reforça que o atendimento médico deve ser buscado sempre que o paciente notar diferença na capacidade de escutar. “Muitas vezes o quadro se apresenta como uma dificuldade de compreender a fala, que acontece inicialmente em ambientes ruidosos. Na criança, pode levar ao atraso na fala, troca de fonemas ou desempenho escolar ruim”, destaca.

Quando a perda de audição surge de maneira repentina, mesmo que apenas de um ouvido, a avaliação com otorrino deve ser buscada imediatamente, pois algumas condições são reversíveis e o sucesso do tratamento depende de seu início precoce. Entre as principais causas de perda de audição estão as otites, infecções (meningites, rubéola, entre outras), acúmulo de cera, perda auditiva pela idade (presbiacusia), exposição contínua ou a um ruído muito intenso, uso de medicamentos ototóxicos e doenças metabólicas, autoimunes, genéticas, vasculares e tumores.

A triagem auditiva neonatal, obrigatória desde 2011, tem como objetivo identificar precocemente a perda auditiva em recém-nascidos. Desta forma, é possível realizar uma investigação, diagnóstico e intervenção rápidas, minimizando a repercussão da surdez no desenvolvimento da linguagem e da comunicação da criança. Além disso, é importante realizar uma avaliação auditiva em crianças na fase pré-escolar, para identificação de possíveis perdas auditivas antes do início da alfabetização.

Já em adultos, as audiometrias são realizadas como exames admissionais e periódicos, repetidos anualmente em pessoas que realizam atividades profissionais com exposição a ruídos intensos. Para os demais casos, a avaliação auditiva deve ser solicitada na presença de sintomas, com periodicidade variável, conforme avaliação do otorrinolaringologista.

Fique alerta!

  • Na criança: atraso na fala, troca de letras, desempenho escolar ruim, agitação, dificuldade de concentração e desatenção.
  • No adulto: dificuldade de compreender a fala (escuta, mas não entende), zumbido, diferença da audição entre os dois ouvidos e isolamento social (comum em idosos, que deixam de participar de eventos sociais e familiares por terem dificuldades de compreender e participar da conversa ou tem desconforto com sons altos).

Fonte: Dra. Daniela Dall Igna, otorrinolaringologista do Hospital Moinhos de Vento.

 

 

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