O aumento no registro de municípios com infestação pelo mosquito Aedes aegypti e de casos de dengue no Rio Grande do Sul traz um alerta tanto para os possíveis sintomas da doença quanto para a importância das medidas de prevenção para evitar novos focos do mosquito. Além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir os vírus da zika, febre chikungunya e febre amarela. Neste ano, até o dia 24 de abril, o Estado já havia registrado 3.014 casos confirmados de dengue e 75 de febre chikungunya, de acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde. 

Segundo o médico infectologista do Hospital Moinhos de Vento Paulo Gewehr, a dengue pode ser assintomática ou sintomática. Na forma sintomática, os quadros podem ser leves ou evoluir para a forma mais grave da doença, que pode inclusive levar a óbito. Segundo informações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do RS, a dengue é a doença viral transmitida por mosquito que se espalha mais rapidamente no mundo. 

Doenças apresentam alguns sintomas semelhantes aos da Covid-19

Em época de pandemia, o cuidado deve ser redobrado. O médico alerta que os sintomas das doenças transmitidas pelo mosquito podem ser muito parecidos com os da Covid-19, o que aumenta a dificuldade diagnóstica: “Ambas doenças podem causar febre, dor de cabeça, dor articular e cansaço, por isso, caso alguém tenha esses sintomas, deve procurar avaliação médica com a maior brevidade possível”, aponta. Os sintomas de dengue, chikungunya e zika também podem incluir lesões e coceira na pele, como manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas e vômitos. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais. 

O médico lembra a importância das medidas de prevenção para eliminar focos de reprodução do mosquito, não deixando água parada em locais como vasos de plantas e pneus, além de não acumular lixo no pátio. “É importante não ir para as regiões de circulação desses vírus, usar repelente, mosquiteiros, telas em janelas e portas, usar roupas claras e também evitar o uso de perfumes muito fortes, que podem acabar atraindo o mosquito”, enumera. 

Prevenção da Dengue conta com vacina

A prevenção da dengue conta também com uma vacina, mas, de acordo com Gewehr, a orientação atual é de que seja aplicada somente em quem já teve a doença: “A dengue pode ser causada por até quatro tipos diferentes de vírus chamados de sorotipos. Caso uma pessoa seja infectada por um deles e ocorrer uma reinfecção por outro sorotipo diferente, o organismo pode ter uma reação exagerada, desenvolvendo quadros muito graves”, alerta. Segundo ele, a vacina diminui muito a chance de uma reinfecção e atualmente está disponível apenas na rede privada. 

Importante lembrar que a febre amarela - outra doença que pode ser transmitida pelo mosquito Aedes aegypti-, também conta com vacina, disponível nas redes pública e privada. Ambas as imunizações -dengue e febre amarela- estão disponíveis no Núcleo de Vacinas do Hospital Moinhos de Vento. 

Fonte: Paulo Gewehr, médico infectologista do Hospital Moinhos de Vento. 

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