Quando falamos em hábitos saudáveis, as mensagens que recebemos normalmente estão correlacionadas com a importância de se fazer exames de rotina e manter um acompanhamento médico; de cuidar da alimentação; e de ter uma rotina de exercícios físicos. Estes pilares seriam, de modo geral, o triângulo para uma vida saudável. Entretanto, um outro fator vem sendo debatido: a relação da prática de atividades diversificadas para o exercício e estímulo da mente.

A relevância de inserir na rotina outras atividades que atuem como exercícios para o cérebro se dá pelo fato de que, a cada novo aprendizado, criam-se novas sinapses.

A relevância de inserir na rotina outras atividades que atuem como exercícios para o cérebro se dá pelo fato de que, a cada novo aprendizado, criam-se novas sinapses. As sinapses são as ligações entre os neurônios que ocorre por impulsos nervosos ou eletroquímicos. Desta forma, o estimulo de novos conhecimentos se torna uma forma de exercitar a mente. A doença de Alzheimer, enfermidade que atinge principalmente pessoas idosas, tem como principais características a perda de funções cognitivas – memória, orientação, atenção e linguagem. Apesar de não haver cura, é uma enfermidade que, quando diagnosticada precocemente, pode ter seu avanço retardado e os sintomas controlados. A prática de atividades diversificadas pode ser adotada como parte do tratamento nesses casos. No entanto, não há uma idade ou condição de saúde para que se crie novos hábitos. Qualquer pessoa pode se engajar em um novo aprendizado com o fim de exercitar a mente. O importante para o sucesso e persistência é encontrar uma motivação específica – algo que o indivíduo goste e tenha prazer em fazer. Pode ser até algo que sempre sonhou em fazer ou aprender. As atividades que auxiliam no exercício da mente são aquelas que estimulam a coordenação motora, a criatividade, a diversificação de habilidades, o bem-estar, o foco, a concentração e o planejamento. Aprender novas línguas, um artesanato, tocar um instrumento, ingressar em um grupo de canto, são alguns exemplos. Exercícios que incentivam a sociabilização (quando se juntam em grupos), também traz benefícios as pessoas, pois as encorajam a conhecer novas pessoas e criar laços.

Fonte: Dra. Jeanette Farina (CRM 6589), neurologista e neurofisiologista clínica no Hospital Moinhos de Vento. Serviço de Neurologia e Neurocirurgia

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