A asma é uma doença respiratória que ocorre devido a um processo inflamatório que obstrui os brônquios, tubos que levam o ar para os pulmões. Também é chamada de bronquite asmática ou bronquite alérgica. “A enfermidade pode ter origem hereditária, aparecer  em qualquer idade e pode ser agravada por fatores como tabagismo, obesidade e no contato com a poluição ambiental ou outros alergenos”

A doença é mais comum em crianças e adolescentes. No Brasil, de acordo com o pneumologista pediátrico e pesquisador do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Paulo Pitrez, entre 15% e 20% dos indivíduos dessa faixa etária têm asma. Já entre os adultos, o número cai para 10%. Os casos de asma grave acometem entre 2% e 3% da população brasileira. 

No início do inverno, os sintomas e crises aumentam muito, principalmente por conta do maior contato com infecções respiratórias virais. A maioria dos pacientes com asma no Brasil não tem controle da doença.

Apesar de não ter cura, com os cuidados corretos, é possível controlá-la, permitindo ao paciente levar uma vida normal.

Sintomas e riscos à saúde

Falta de ar, chiado, aperto no peito, despertar noturno e dificuldade para a realização de atividades rotineiras são os sintomas mais comuns. Em alguns casos, eles desaparecem, o que não significa que o paciente tenha se curado da asma, afirma o pneumologista Pierangelo Tadeu Baglio, do ambulatório de asma do Hospital Moinhos de Vento.

O paciente pode apresentar poucos sintomas em fases da vida, e ter de lidar com mais ocorrências em outros momentos. É possível minimizar os desconfortos da doença com tratamento correto à necessidade do indivíduo.

Essa doença pode levar à morte em casos mais graves, se não for tratada de forma correta. Em média, são registrados de cinco a sete óbitos relacionados à doença por dia no Brasil. “É um número alto, isso porque se os pacientes tratassem a enfermidade de forma adequada, as mortes poderiam ter reduções significativas. Importante as pessoas terem ciência que a doença pode e deve ser controlada, atualmente temos remédios disponíveis que são eficazes na maioria dos casos”, enfatiza o especialista.

Tratamento e diagnóstico

Por ser uma doença crônica, a asma não tem cura, mas pode ser controlada.. No serviço  de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Hospital Moinhos de Vento, por exemplo, é feita por meio de medicamentos de uso contínuo que buscam evitar o aparecimento dos sintomas e das crises. Outra abordagem ocorre quando da piora da asma, em quadros de crise, com as chamadas medicações de alívio ou de resgate.

O uso correto da medicação reduz crises e sintomas, melhorando o controle da doença, o que faz com que o paciente não tenha perda da capacidade pulmonar e possa levar uma vida normal. “Além da assistência médica, asmáticos devem estar atentos aos gatilhos da doença e higiene dos locais frequentados”, aponta o pneumologista Pierangelo.

Para o diagnóstico, menciona o exame médico como forma do paciente relatar e apresentar sintomas como: opressão no peito com dificuldade para respirar, chiado, tosse prolongada, entre outros. Além disso, é indicada a realização de um exame de espirometria (também conhecido por exame do sopro ou prova de função pulmonar), para confirmar o diagnóstico. Corticóides e broncodilatadores são os remédios utilizados no tratamento. Em casos mais graves, medicamentos imunobiológicos são indicados.

Estudo para melhorar o controle da doença e reduzir custos no SUS

O Hospital Moinhos de Vento está conduzindo uma pesquisa para contribuir com a redução da morbidade e dos custos do tratamento da asma no país. O estudo clínico CuidAR consiste no desenvolvimento e implementação de um protocolo de assistência em asma  para a atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS), e na análise de eficácia e custo-efetividade desta medida em todas as regiões do Brasil. A iniciativa tem a proposta de reduzir substancialmente as exacerbações da doença, resultando na queda de hospitalizações, de visitas a salas de emergência e consultas não programadas em Unidades Básicas de Saúde (UBS).

O projeto é realizado por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS, em parceria com o Ministério da Saúde. Ao todo, serão recrutados mais de 1,4 mil pacientes, que deverão ser maiores de seis anos de idade, com diagnóstico de asma moderada a grave e com histórico de mais de uma exacerbação com uso de corticóide oral nos últimos 12 meses.

Os pacientes incluídos no estudo serão acompanhados ao longo de, pelo menos, seis meses. Com base nos resultados obtidos, será feita a entrega ao Ministério da Saúde de um manual técnico e de um plano de implementação do protocolo de assistência em asma para atenção primária.

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Fontes: Pierangelo Tadeu  Baglio - Pneumologista do Ambulatório de Asma e médico do Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Hospital Moinhos de Vento

Paulo Pitrez, médico pneumologista pediátrico e pesquisador do Hospital Moinhos de Vento

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Prêmios e Certificações

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