O dia 11 de outubro é o Dia Mundial e Nacional de Prevenção da Obesidade, doença crônica em que há um acúmulo excessivo de gordura no corpo, que é prejudicial para o paciente. Ela se difere do sobrepeso por não ser apenas um fator de risco, como as pessoas podem imaginar. “A obesidade já é uma doença e precisa de tratamento multiprofissional a longo prazo”, alerta Mirian Benites Machado, nutricionista do Hospital Moinhos de Vento.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, os números nos últimos 50 anos são alarmantes. Ao total, são mais de 650 milhões de pessoas obesas, com destaque para as crianças, cujo número de pacientes dobrou dos anos 2000 para cá. De acordo com Mirian, a infância é o momento mais importante para introduzir a alimentação saudável e estimular a atividade física. “É preciso incluir as crianças no preparo dos alimentos, desde a compra no supermercado, orientando sobre os melhores produtos, até o acompanhamento na cozinha e durante a refeição, que é recomendado ser feita em família, para que o filho veja também o prato dos pais”, orienta.

Outra dica importante, agora para quem é pai de crianças menores, é conhecer o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos, que traz dicas e orientações sobre a alimentação dos pequenos. Com as informações necessárias, é possível ensinar, desde cedo, a escolha de alimentos naturais ou minimamente processados. “De forma simples, é recomendado a escolha de produtos que tenham até cinco ingredientes descritos no rótulo. Mais do que isso, já consideramos como ultraprocessado, que provavelmente contém componentes químicos, conservantes, corantes, entre outros”, explica.

Junto ao reforço da alimentação infantil, é importante lembrar que a obesidade tem interferência da genética. “Se um dos pais é obeso, a criança tem 50% de pré-disposição à doença. Já se o pai e a mãe tiverem a obesidade, esse número aumenta para 80%”, comenta Mirian. Daí a importância dos próprios adultos também buscarem a mudança de hábitos e uma vida mais saudável.

“A obesidade, apesar de ser uma doença por si só, ela é também fator de risco para outras enfermidades, o que torna ainda mais fundamental o cuidado em qualquer idade”, alerta a nutricionista. Entre as doenças que podem ser desencadeadas ou agravadas pela obesidade estão a diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, apneia do sono, alguns tipos de câncer, entre outras. “Nesses casos em que o paciente desenvolve mais de uma doença, os tratamentos são paralelos e em conjunto, mas tudo começa com a correção de velhos hábitos, que podem ser relacionados à comida, a fatores psicológicos, à atividade física, ao sono, entre outros”, explica Mirian.

O recomendado, a partir de qualquer indício de obesidade ou sobrepeso é a busca por profissionais para o diagnóstico correto e a identificação da possível causa. “Conhecer a relação do paciente com os alimentos e também o momento de vida dele auxilia a entendermos os déficits, suas necessidades e como ajudar”, complementa.

Fonte: Mirian Benites Machado, nutricionista do Hospital Moinhos de Vento, Especialista em Nutrição Materno-infantil e obstetrícia (GHC) e Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente - (UFRGS).

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Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1