Você está espirrando há dias? Ou está com nariz entupido? Não, o caso é o oposto e você está incomodado com a coriza? Então, fique atento e volte ao seu médico ou procure um especialista, o quanto antes. A pandemia fez com que uma população mundial esteja muito mais alerta a estas manifestações do organismo; o que é algo positivo. Entretanto, como distinguir entre uma infecção pelo vírus SARS-CoV-2 e o agravamento de uma alergia respiratória?  

Atualmente, essa é uma dúvida que preocupa milhares de pessoas. O médico do Núcleo de Alergia e Imunologia do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Renan Augusto Pereira, destaca que a febre é um dos principais fatores para detectar a Covid. “A alergia, geralmente, não altera a temperatura corporal e não costuma dar dor, especialmente em músculos e pernas. Dessa forma, esses sintomas ajudam a diferenciar entre uma e outra enfermidade”, esclarece Dr. Pereira.

O que fazer?

“Com certeza, as pessoas estão mais atentas porque essas doenças podem se confundir muito em um primeiro estágio. Mas é preciso investigar logo, pois muitos dos nossos pacientes, que acham que estão com alergia respiratória, na verdade, estão com coronavírus”, salienta.

Então, para que a pessoa não fique angustiada, o médico indica que tenha a sua doença alérgica sob controle. “Recomendamos que o paciente mantenha a sua rinite ou asma controlada para não se confundir. Isso é muito importante nos tempos atuais, portanto, volte ao seu alergista, ao seu pneumologista, enfim, volte ao médico que lhe acompanha para fazer um check up e verificar se está tudo certo”, aconselha.

Centro especializado

No Núcleo de Alergia e Imunologia do Hospital Moinhos de Vento, a equipe médica faz uma entrevista e ouve as queixas do paciente, na anamnese. “Também realizamos testes específicos para avaliar se o indivíduo tem alergia a pólen, a epitélio de animais, a ácaros ou fungos. Posteriormente, indicamos o tratamento adequado e medicamentos”, exemplifica. A imunoterapia também é recomendada em episódios refratários e, em casos selecionados, pode ajudar muito. Assim, do diagnóstico ao tratamento especializado, o alergista está apto a ajudar o paciente.

Dados mundiais  

E os indicadores confirmam o quanto este especialista se faz necessário para o bem-estar global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as alergias atingem 25% da população. No Brasil, as doenças respiratórias acometem 30% dos habitantes, sendo 20% crianças, conforme a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). Estima-se que, até 2050, quase 50% da população mundial apresente alguma forma de alergia. A rinite alérgica tem maior incidência, sendo considerada um problema mundial de saúde pública, que acomete mais de 20% da humanidade.

Doenças alérgicas no Sul

Dr. Renan Pereira adverte que a rinite é também a principal doença respiratória observada no Rio Grande do Sul. Chamada de “rinite alérgica sazonal” é causada pelos pólens e costuma trazer incômodos aos gaúchos, principalmente com a proximidade da Primavera. Já a asma ou bronquite alérgica é uma doença que ataca mais no Outono e no Inverno. “A gente tem uma certa inversão do cenário, pois quem tem rinite piora com a polinização e, o asmático, tende a melhorar nas estações de Primavera e Verão”, compara.

O alergista ressalta que, a partir do mês de setembro, acontecem dois fenômenos importantes, especialmente no Sul do Brasil. Primeiro, as alterações de temperatura: que passam do muito frio para o muito quente. “Essas estações com mudanças climáticas acentuadas são as piores para quem tem, por exemplo, rinites não-alérgicas (ou vasomotoras) e isso faz com que o quadro se agrave muito”, ilustra.

E o segundo fator que precisa ser levado em consideração, conforme o médico, é que grande parte dos indivíduos são alérgicos aos pólens e às gramíneas. Na Primavera, quando acontece a polinização das plantas, principalmente na Região Sul (que envolve os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), as pessoas que são sensíveis a esses alérgenos e aeroalérgenos sofrem muito mais, tendo reações intensificadas.

O que são alérgenos e aeroalérgenos?  

Os nomes são complexos, mas suas características são simples. Os alérgenos são os agentes que provocam as alergias. Já os aeroalérgenos são aqueles que estão presentes no ar, como ácaros, fungos, pólens, epitélios e salivas de animais.

Então, os pets causam alergias?

Dr. Pereira explica que os pelos de cães e gatos são como as gramíneas, citadas anteriormente. Ele observa que alguns indivíduos sabem que são sensibilizados, ou seja, já fizeram uma investigação com o alergista, tem exame positivo e sintomas. Outras vezes, só possuem a comprovação no laudo, mas não sentem nada de diferente. Nestes casos, podem continuar com os seus pets, normalmente. “Mas se a pessoa tiver algum incômodo e sensibilização, fizer os testes e der positivo, também podemos adotar algumas estratégias para diminuir essas alergias”, tranquiliza.

E o leite?

Outro grande “vilão”, seguidamente apontado como causador de alergias, é o leite. Acredita-se que ele cause problemas respiratórios e uma maior quantidade de muco no organismo. Entretanto, Dr. Renan Pereira pondera que todos os estudos e trabalhos feitos neste sentido não comprovaram essa associação. “Sabemos hoje que alergias alimentares, a este ou a qualquer outro alimento, não causam sintomas respiratórios isolados, como a rinite ou a asma”, elucida.  

Bem, caso tenha outras dúvidas sobre as alergias respiratórias ou queira iniciar um tratamento específico, procure o Núcleo de Alergia e Imunologia do HMV o quanto antes. Esta área realiza o diagnóstico, prevenção e tratamento de pacientes com doenças alérgicas, sejam elas alergias cutâneas, respiratórias, oculares, alimentares ou medicamentosas, além de fazer um acompanhamento integral de pacientes com problemas no sistema imunológico. Marque já sua consulta.  

Fonte: Dr. Renan Augusto Pereira (CRM 46722), médico alergista e imunologista do Núcleo de Alergia e Imunologia do Hospital Moinhos de Vento

 

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