Promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a campanha “Poisoning our planet #TobaccoExposed “ (Envenenando o nosso planeta) é alusiva ao Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado no dia 31 de maio. A ação reforça o impacto prejudicial da indústria do tabaco sobre o meio ambiente, como também um alerta à saúde da população em todo mundo.
Segundo informações da OMS, o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas a cada ano prejudicando ainda mais a saúde humana, por meio do cultivo, produção, distribuição, consumo e resíduos pós-consumo. Já o Instituto Nacional do Câncer (INCA) destaca que, ao deixar de fumar, os benefícios à saúde são imediatos, indicando que, entre 12 a 24 horas sem fumar já se percebe uma melhora no funcionamento dos pulmões.
Pessoas que param de fumar vivem mais e têm menor probabilidade de desenvolver doenças relacionadas ao tabaco, como a doença coronariana, pulmonar e câncer. Mesmo aqueles que já possuem doenças relacionadas ao tabagismo, são beneficiados com a ação de parar com o uso.
Para vencer esse vício, os pacientes precisam estar preparados para esse grande desafio. “Além da força de vontade, mudar comportamentos associados ao hábito de fumar e criar estratégias para lidar com a fissura é essencial. Familiares e amigos também são importantes para apoiar e manter em alta a motivação”, enfatiza a médica pneumologista do Hospital Moinhos de Vento, Flávia Beltrami.
Os grandes riscos do tabagismo
Conforme salienta a médica, as chances de um fumante apresentar problemas respiratórios são imensas. “Possui um risco aumentado de desenvolver infecções respiratórias virais e bacterianas e de evoluir de forma mais grave do que aqueles que não fumam”, frisa.
Quem tem o hábito de fumar também pode desenvolver uma doença pulmonar obstrutiva crônica e apresentar mais exacerbações de asma. “Existe o risco de desenvolver câncer e doenças. Em especial, tem a probabilidade de aumentar eventos cardiovasculares, como infarto do coração, isquemias cerebrais e má circulação periférica”, salienta a pneumologista.
Em direta exposição às toxinas da fumaça do cigarro, a boca e o seu conjunto de órgãos (gengivas, dentes, língua e palato) podem promover grandes danos à saúde. O tabagismo está associado ao maior número de tumores bucais e às infecções e inflamações nestas estruturas. “Além de todos esses riscos, a dependência da nicotina traz alterações nos dentes, odores, no paladar e no olfato. Até mesmo para a cicatrização da boca, o tabagismo se mostra prejudicial, pois atrasa a recuperação de quem é submetido a algum procedimento dentário”, exemplifica.
Como tratar este vício
O ato de fumar nada mais é do que a exposição à nicotina, uma substância que apresenta uma das mais intensas dependências químicas. Estudos demonstram que o melhor tratamento para a cessação do tabagismo consiste na combinação de aconselhamento comportamental com o uso de medicações que diminuam o desejo de fumar. E, para isso, é necessário o acompanhamento médico para cada caso. Com um atendimento de alta resolubilidade, equipamentos de ponta e equipe multidisciplinar, o Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Hospital Moinhos de Vento possui uma estrutura para prevenção e tratamento de problemas no sistema respiratório.
"A equipe do Hospital conta com profissionais especializados em enfisema, videocirurgia, cirurgia robótica, endoscopia respiratória (diagnóstica e terapêutica) e também com atuação em linhas de cuidado em asma, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, doença pulmonar fibrosante, tabagismo e câncer de pulmão", comenta.
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Fonte: Flávia Beltrami, a médica pneumologista do Hospital Moinhos de Vento