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May 9, 2016 |Institucional
Os casos de caxumba registrados em 2016 chamam a atenção por terem ocorrido fora de época. Mais recorrente no inverno, a caxumba é uma doença causada por um vírus RNA da família Paramyxoviridae, que atinge majoritariamente crianças. Caracteriza-se pelo aumento das glândulas parótidas (glândulas salivares localizadas na região do pescoço logo abaixo e à frente de cada orelha), e pode vir acompanhada de febre e dor durante a mastigação e ingestão de líquidos ácidos. Em cerca de 1/3 das pessoas, o acometimento das glândulas não é aparente e em 10% dos casos pode cursar com meningite viral.
Outras complicações, com pouca frequência, que podem se manifestar em decorrência da enfermidade são: orquite, tireoidite, artrite, glomerulonefrite, miocardite e ataxia cerebelar. Mesmo sendo uma doença comum da infância, 90% dos infectados neste ano estão na faixa de 16 a 20 anos.
Transmissão
A transmissão da doença ocorre por via aérea, através da disseminação de gotículas, ou por contato direto com secreções respiratórias ou saliva de pessoas infectadas. O período de incubação varia de 12 a 25 dias após a exposição ao vírus, e a transmissão ocorre entre 6 e 7 dias antes das manifestações clínicas, e até 9 dias após o surgimento dos sintomas.
Sintomas
As principais manifestações da caxumba são febre e aumento do volume das glândulas salivares (localizadas na região da boca), principalmente a parótida. Podem vir acompanhado também de dor no corpo e dor de cabeça. Em homens adultos, pode ocorrer inflamação nos testículos e, em mulheres acima de 15 anos, inflamação nos ovários.
Tratamento
Não existe tratamento específico, indicando-se apenas repouso, uso de remédios para dor e observação cuidadosa quanto à possibilidade de aparecimento de complicações.
Prevenção
A melhor forma de prevenir a contaminação pelo vírus da caxumba é tomando a vacina Tríplice Viral, que é aplicada em duas etapas: a primeira dose aos doze meses, e a segunda aos 15 meses de vida. Pode ser feita neste modelo em indivíduos até os 19 anos. A partir dos 20 até os 49 anos, é recomendada uma única dose. Esta vacina também protege contra o sarampo e a rubéola e está disponível nos postos de saúde desde 2003.
Fonte: Sociedade Brasileira de PediatriaValidação:Dra. Katia Giugno (CRM 9490) – Chefe do Serviço de Pediatria do Hospital Moinhos de VentoDra. Helena Müller (CRM 17.130) – Médica da UTIP do Hospital Moinhos de Vento e Secretária Geral da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.