O Parkinson é uma doença neurológica crônica resultante da degeneração de células em algumas regiões do cérebro. Conhecida por afetar diretamente os movimentos das mãos, assim como causar desequilíbrio e rigidez muscular, atinge cerca de 1% da população mundial acima dos 65 anos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O neurologista do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Carlos Rieder, salienta que essa patologia deve ser chamada de doença, e não mal, como ainda é registrado em muitos lugares. “Mal foi o termo usado por Jean-Martin Charcot, neurologista francês, em homenagem a James Parkinson, que descreveu os primeiros casos em 1817. Parkinson havia chamado inicialmente de Paralisia Agitante”.
Apesar de não ser fatal nem contagiosa, a doença de Parkinson inspira muitas pesquisas, pois sua causa ainda é desconhecida.
Apesar de não ser fatal nem contagiosa, a doença de Parkinson inspira muitas pesquisas, pois sua causa ainda é desconhecida. Segundo o médico, observações tem mostrado que o meio ambiente pode contribuir de forma considerável nas causas da patologia. “Vários estudos epidemiológicos apontam para causas ambientais, uma vez que a doença é mais comum em quem viveu em meio rural e teve contato com solventes, herbicidas ou pesticidas”. A predisposição genética também é avaliada pelos pesquisadores. Em cerca de 10% dos casos, a doença pode ter um forte componente genético, tendo mais de 20 genes relacionados com a doença. Apesar de a maioria dos casos estar relacionada ao ambiente, algumas ocorrências podem ser totalmente genética, ou ao menos contribuir no momento de contato com químicos. “Nem todos os indivíduos expostos a determinados tóxicos ambientais desenvolvem a doença. Uma explicação seria que alguns indivíduos por predisposição genética possuem menos condições de eliminar determinadas toxinas”, esclarece o médico.  

Tratamento e Cuidados

A fim de ampliar a qualidade de vida, muitos pacientes são indicados a tratamentos através de medicamentos. É o caso da Levodopa, que supre parcialmente a falta de dopamina no cérebro, diminuindo os efeitos do Parkinson. Há também a opção de intervenção cirúrgica, que também ameniza algumas sequelas da patologia. O neurologista destaca que nenhum dos recursos atuais curam o paciente. “Todo tratamento é capaz de amenizar os sintomas, mas infelizmente nenhuma terapia mostrou-se eficaz em prevenir ou alterar o curso da doença”. Além da importância da família para evitar o afastamento social, ter uma vida saudável e realizar acompanhamento com uma equipe interdisciplinar é essencial. É isso que ressalta o especialista. “Atividade física é fundamental na doença de Parkinson. Sabe-se que a doença é melhor enfrentada no indivíduo que possui hábitos saudáveis de vida. O papel desenvolvido pelos fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, educadores físicos, terapeutas ocupacionais entre outros profissionais é muito importante”.
Fonte: Dr. Carlos Roberto de Mello Rieder (CRM 15038), neurologista do Hospital Moinhos de Vento

Agradeçemos pela sua inscrição!

Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1