Doenças como hipertensão e diabetes, grávidas de gêmeos, problemas no colo uterino, ausência de pré-natal, anomalias congênitas do bebê, fertilização in vitro e mães com idade menor de 17 anos e acima de 35 precisam ser observadas e orientadas pela equipe médica, pois podem levar ao nascimento prematuro do bebê.Entretanto, mesmo com todo o empenho da equipe médica, quanto menor a idade gestacional, maior é a taxa de mortalidade destes bebês. Além disso, aumentam os riscos de problemas respiratórios, gastrointestinais e infecções. As sequelas mais frequentes nestes casos são a displasia broncopulmonar – doença resultante dos efeitos nocivos da oxigenação e ventilação sobre o pulmão imaturo -, retinopatia da prematuridade – crescimento desorganizado dos vasos sanguíneos que suprem a retina – e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. “É impossível prever com precisão quais as taxas de sobrevivência e se haverá sequela para o bebê após o nascimento prematuro. A sobrevida e a mortalidade estão relacionadas à idade gestacional, ao peso de nascimento e às complicações que o bebê teve durante a internação”, destaca a profissional. Durante toda a estada do bebê na UTI Neonatal, os pais são estimulados a participarem dos cuidados, dividirem seus medos, suas dúvidas e conquistas. Os pais são de extrema importância na recuperação do seu bebê, pois no momento em que estão ao seu lado desenvolvem a formação do vínculo, o conhecem melhor e dão forças para que se fortaleça. “Há apoio psicológico e espiritual para a família, grupos de pais, rodas de conversas e a equipe deve estar sempre disponível para esclarecer dúvidas. Os pais e a equipe tornam-se uma “família de UTI” e esse relacionamento é de extrema importância para que eles possam se sentir acolhidos e apoiados durante todo o tempo de internação para que, quando levarem seu bebê para casa, sintam-se seguros”, explica a médica.