Imagine a seguinte situação: em determinado momento do dia você sente um sintoma mais forte ou diferente do habitual e logo surge a dúvida. Será necessário procurar o atendimento de emergência em algum hospital ou é possível aguardar por uma consulta com o médico especialista? A busca por atendimento de emergência pode salvar vidas, mas nem sempre é a melhor alternativa para determinados casos considerados de baixa gravidade. Porém, a dúvida sobre a utilização do serviço é muito comum e para trazer mais informações sobre este assunto, conversamos com o chefe do Serviço de Emergência do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Paulo Schmitz. Para descobrir a diferença entre casos de urgência e de emergência, acesse este texto do blog Saúde e Você.
Dr. Paulo orienta que é necessário buscar um serviço de emergência quando o paciente identificar os seguintes sintomas:
Segundo Dr. Paulo, nos casos de queixas crônicas ou doenças pré-estabelecidas em que o médico tenha mais condições de estabelecer o diagnóstico e a terapêutica no consultório não é necessário buscar um atendimento de emergência. Outra situação são as queixas menores que não necessitem de avaliação médica imediata devido à baixa gravidade e risco, como por exemplo resfriados, contusões simples e dor de cabeça de padrão já conhecido: “O uso indevido das emergências pode gerar atraso em casos mais agudos e ser ineficaz em queixas crônicas, casos em que consultas ambulatoriais regulares com o médico são recomendados”, afirma.
O médico explica que o ideal é procurar o consultório médico, evitando usar o Serviço de Emergência, nas seguintes situações:
Como funciona o atendimento na emergência do Hospital Moinhos de Vento?
O atendimento é direcionado a adultos e ocorre 24 horas por dia, sete dias por semana, com prioridade para casos de alto risco, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. O serviço também é direcionado a casos de média e baixa complexidade.
O paciente que chega à emergência é acolhido por um técnico de enfermagem que identifica situações de maior risco e passa imediatamente para atendimento os casos de urgência, como infarto e AVC, além de realizar um eletrocardiograma em casos de dor torácica.
Após, o paciente passa pela classificação de risco, onde há a ordenação dos casos conforme a gravidade e o direcionamento para as diferentes especialidades, como cardiologia, neurologia, traumatologia, clínica e cirurgia. “O médico clínico avalia casos de menor gravidade e libera o paciente, se possível, com maior agilidade. No caso de avaliação do especialista, este confirma a necessidade de investigação das diversas síndromes clínicas ou descarta os diagnósticos da área. Em caso de necessidade, os demais especialistas integram-se ao atendimento conferindo um olhar multidisciplinar cooperativo”, lembra Schmitz.
No contexto atual de pandemia, todos os fluxos de suspeitos e confirmados de Covid-19 são separados para evitar a contaminação. Após o atendimento médico, os pacientes poderão ser liberados, passar por exames e reavaliação ou terem indicada a internação conforme o caso.
De acordo com o médico, existem diversas escalas reconhecidas internacionalmente para classificar risco em Emergência. O Hospital Moinhos utiliza a escala americana Emergency Severity Index, que diferencia os pacientes em cinco níveis de gravidade baseados em critérios clínicos e nos recursos necessários para atendimento. O serviço conta com médicos clínicos, emergencistas, cardiologistas, neurologistas e traumatologistas e equipes de apoio que ficam disponíveis nas demais especialidades para avaliações e procedimentos.
Fonte:
Paulo Schmitz (CRM: 22690), Chefe do Serviço de Emergência do Hospital Moinhos de Vento.