A apneia do sono é um distúrbio respiratório, que se caracteriza por breves interrupções da respiração durante o sono. Ela ocorre em todas as faixas etárias e ambos os sexos. Ela pode estar associada aos seguintes aspectos: arritmia cardíaca, pressão alta, ataque cardíaco, sonolência diurna e aumento do risco dos acidentes de transito e acidentes de trabalho. Os dois tipos de apneia são: Apneia do sono central – ocorre quando o cérebro não consegue enviar os sinais apropriados para os músculos para iniciar a respiração. A Apneia do sono central é menos comum do que a apneia obstrutiva do sono. A apneia obstrutiva do sono – ocorre quando o ar não pode fluir para dentro ou para fora do nariz ou da boca da pessoa, embora os esforços para respirar continuem. Fatores que influenciam a apneia do sono A apneia do sono parece ser mais prevalente em algumas famílias, o que sugere uma possível base genética. As pessoas com maior probabilidade de ter ou desenvolver apneia do sono incluem aqueles que: – Roncam alto; – Estão acima do peso; – Tem pressão arterial elevada; – Apresentam alguma anormalidade física no nariz, garganta ou outras partes das vias aéreas superiores; – O consumo de álcool e pílulas para dormir aumentam a frequência e a duração das pausas respiratórias em pessoas com apneia do sono. Características da apneia do sono A apneia do sono é caracterizada por cinco ou mais pausas respiratórias involuntárias ou “eventos de apneia” por hora de sono. Apneia do sono grave é diagnosticada quando alguém tem 30 ou mais eventos por hora. Estes eventos são quase sempre acompanhados de ronco entre episódios de apneia. Ela também pode ser caracterizada por sensações de asfixia. As frequentes interrupções de sono profundo, muitas vezes, levam a dores de cabeça matinais, raciocínio lento e falta de atenção, e sonolência diurna excessiva. Diagnóstico O diagnóstico da apneia do sono não é simples, pois existem muitas causas diferentes. Pneumologistas, neurologistas, ou médicos com formação especializada em distúrbios do sono podem estar envolvidos em fazer um diagnóstico definitivo e iniciar o tratamento. Vários testes estão disponíveis para avaliação de uma pessoa para a apneia do sono, porém o padrão-ouro é a Polissonografia em Laboratório do Sono. Tratamento O tratamento específico será determinado pelo médico de acordo com a idade, saúde geral e história médica do paciente, gravidade da doença, tolerância para medicamentos, procedimentos ou terapias específicas. – Os medicamentos geralmente não são eficazes no tratamento da apneia do sono. – Mudanças comportamentais são uma parte importante de um programa de tratamento e, em casos leves de apneia do sono, a terapia comportamental pode ser tudo o que é necessário. O paciente pode ser aconselhado a evitar o uso de álcool, fumo, pílulas para dormir, perda de peso (até mesmo uma perda de peso de 10% pode reduzir o número de eventos de apneia para a maioria dos pacientes). – O uso travesseiros e outros dispositivos podem ajudar o paciente a dormir numa posição lateral. – A Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) é um procedimento em que o paciente usa uma máscara sobre o nariz durante o sono. A pressão de um ventilador de ar produz um ligeiro aumento da pressão das vias aéreas superiores, permitindo que o fluxo de ar através das fossas nasais e das vias aéreas superiores. – Aparelhos dentários que reposicionam a mandíbula e a língua para frente ajudam a abrir as vias aéreas superiores e têm sido úteis para alguns pacientes com apneia do sono leve, ou que roncam, mas não têm apneia. – Alguns pacientes com apneia do sono pode precisar de cirurgia. Os procedimentos cirúrgicos comuns são indicados para remover adenoides e amídalas, pólipos nasais, ou outros crescimentos ou tecido nas vias aéreas, e correção de deformidades estruturais. – A reconstrução cirúrgica das deformidades da mandíbula pode beneficiar alguns pacientes. – Os procedimentos cirúrgicos para tratar a obesidade também são muitas vezes recomendado para pacientes com apneia do sono que são obesos mórbidos. Saiba mais visitando a página do Centro de Distúrbios do Sono Fonte: Johns Hopkins Medicine International Validação: Dr. Geraldo Rizzo – Coordenador do Centro de Distúrbios do Sono