Recentemente, a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta  epidemiológico sobre a dengue. O Estado já registrou mais de 5 mil casos confirmados de dengue, número que já supera as 3,9 mil ocorrências de 2021, em relação ao mesmo período. A maior parte são autóctones (contraídos no próprio local de residência), e, neste momento, 435 municípios gaúchos são considerados infestados pelo Aedes aegypti. É o maior número de cidades nessa situação na série histórica do monitoramento, realizado desde 2000.

O aumento no registro de municípios com infestação pelo mosquito Aedes aegypti traz um alerta tanto para os possíveis sintomas da doença quanto para a importância das medidas de prevenção para evitar novos focos do mosquito. Além da dengue, o mosquito também pode transmitir os vírus da zika, febre chikungunya e febre amarela.

 Segundo o médico infectologista do Hospital Moinhos de Vento Paulo Gewehr, a dengue pode ser assintomática ou sintomática. Na forma sintomática, os quadros podem ser leves ou evoluir para a forma mais grave da doença, que pode inclusive levar a óbito. Segundo informações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do RS, a dengue é a doença viral transmitida por mosquito que se espalha mais rapidamente no mundo. 

Doenças apresentam alguns sintomas semelhantes aos da Covid-19
O médico alerta que os sintomas das doenças transmitidas pelo mosquito podem ser muito parecidos com os da Covid-19, o que aumenta a dificuldade diagnóstica: “Ambas doenças podem causar febre, dor de cabeça, dor articular e cansaço, por isso, caso alguém tenha esses sintomas, deve procurar avaliação médica com a maior brevidade possível”, aponta. Os sintomas de dengue, chikungunya e zika também podem incluir lesões e coceira na pele, como manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas e vômitos. Raramente a dengue apresenta sintomas respiratórios como coriza, obstrução nasal e tosse, muito comuns nos casos de covid-19. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais.

O médico lembra a importância das medidas de prevenção para eliminar focos de reprodução do mosquito:

  • Não deixando água parada em locais como vasos de plantas;
  • Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises;
  • Colocar embalagens de vidro, plástico ou lata em uma lixeira fechada;
  • Manter a piscina tratada o ano inteiro.

“É importante evitar viajar  para as regiões de circulação desses vírus, assim como evitar os horários de maior circulação dele durante o dia, especialmente nas primeiras horas da manhã ou fim da tarde, usar repelente, mosquiteiros, telas em janelas e portas, usar roupas claras e também evitar o uso de perfumes muito fortes, que podem acabar atraindo o mosquito”, enumera.

Prevenção da Dengue conta com vacina
A prevenção da dengue conta também com uma vacina, mas, de acordo com Gewehr, a orientação atual é de que seja aplicada somente em quem já teve a doença: “A dengue pode ser causada por até quatro tipos diferentes de vírus chamados de sorotipos 1, 2, 3 e 4. Casouma pessoa seja infectada por um deles e ocorrer uma reinfecção por outro sorotipo diferente, o organismo pode ter uma reação exagerada, desenvolvendo quadros muito graves”, alerta. Segundo ele, a vacina diminui muito a chance de uma reinfecção e atualmente está disponível apenas na rede privada.
Importante lembrar que a febre amarela - outra doença que pode ser transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também conta com vacina, disponível nas redes pública e privada. A vacina contra febre amarela está disponível no Núcleo de Vacinas do Hospital Moinhos de Vento.
Fonte: Paulo Gewehr, médico infectologista do Hospital Moinhos de Vento.


 

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