Não encontramos nenhum resultado que corresponda com essa busca.
/ /
November 8, 2023 |Institucional
Em 1978, nascia na Inglaterra o primeiro bebê de fertilização“in vitro”. A genitora tinha obstrução tubária e, por isso, não conseguia engravidar espontaneamente. Ao longo desses 45 anos, a Reprodução Assistida tem ajudado homens e mulheres a formarem suas famílias, especialmente àqueles que - até bem pouco tempo - achavam impossível se tornarem pais e mães. Inclusive, a população transgênero, formada por pessoas que não se identificam com o sexo de nascimento.
Hormônios e cirurgias
“Hoje em dia, mulheres e homens trans podem passar por vários processos, incluindo medicações hormonais (como testosterona e estrogênio) e procedimentos cirúrgicos, com o objetivo de ajustar as características sexuais secundárias para que elas fiquem compatíveis com a sua identidade de gênero. Entretanto, se mais adiante eles optarem por ter filhos, muitas vezes esses tratamentos podem levar à infertilidade”, adverte a Dra. Isabel de Almeida, coordenadora técnica do Centro de Fertilidade e Reprodução Assistida.
Visão de futuro
“Assim, o ideal é que as questões reprodutivas sejam abordadas antes do início dos tratamentos, oportunizando que sejam feitas algumas escolhas, como o congelamento de sêmen e óvulos para uso futuro”, recomenda a Dra. Isabel, que também coordena o projeto “Valorize a sua Fertilidade”.
Preconceito e desinformação
“Atualmente, ainda se observa muito preconceito e falta de informação acerca dos assuntos reprodutivos na população trans, pois várias pessoas ainda acreditam que esse grupo não tem o direito de ter filhos, que não conseguirão desempenhar adequadamente as funções de pais e mães ou que sua orientação sexual vai interferir negativamente na vida dos filhos”, observa.
Orientação profissional
“Todavia, hoje existem muitos profissionais da Saúde Mental, Reprodução Assistida, Endocrinologia e áreas cirúrgicas, que podem acompanhar esses pacientes e orientá-los da melhor forma possível. Nem todas as pessoas trans desejam ter filhos e nem todas terão interesse em discutir as questões reprodutivas, mas é bom que existam serviços com profissionais capacitados e familiarizados com essas questões para poder ajudar na tomada de decisão”, reconhece.
Fonte: A Dra. Isabel de Almeida (CRM 16091) é coordenadora técnica doCentro de Fertilidade e Reprodução Assistida e coordena o projeto “Valorize a sua Fertilidade”.