O que aprendemos com o W3Br sobre Blockchain e Saúde?

Data 29 de dezembro de 2022

Comumente associado ao mundo das criptos e do bitcoin, o blockchain é uma tecnologia que ainda vem ganhando espaço em diversos mercados em que seu uso ainda não é facilmente associado. A saúde, com certeza, é um desses mercados, e o Atrion teve o privilégio de provocar esta temática nos dias 7 e 8 de dezembro durante o W[3]Br – Blockchain Revolution, no auditório do Hospital Moinhos de Vento.

Dividido em 4 sedes e também no metaverso, a pauta de Porto Alegre do evento, ocorrido no Hospital Moinhos de Vento e organizado pelo Atrion, em parceria com o iColab e o BRI (Blockchain Research Institute), foi dedicada integralmente a promover a discussão e o aprendizado sobre tecnologia de blockchain e suas aplicações no cenário da saúde. O evento reuniu especialistas e profissionais interessados em explorar as possibilidades do tema, discutir tendências e desafios atuais e futuros, e compartilhar experiências e cases de sucesso. Durante o evento, foram realizadas palestras e painéis com especialistas de diferentes áreas, além dos momentos de networking, os quais geraram oportunidades de negócio. O W[3]Br – Blockchain Revolution foi um  momento único para os participantes se atualizarem sobre o estado atual da tecnologia de blockchain e conhecerem as perspectivas e oportunidades futuras do seu uso aplicado em dados da saúde.
 

Ao olharmos sob uma ótica global, existem alguns desafios que são comuns a todos os atores na área da saúde e que precisam ser endereçados, por exemplo: (1) Monitoramento em tempo real dos pacientes; (2) Otimização dos modelos de prevenção, (3) Intervenção precoce e (4) Modelos de cuidados em saúde baseado em valor (VBHC). Ao refletirmos, primeiramente, sobre os desafios, todas essas temáticas possuem um plano de fundo em comum, que é o uso dos dados de saúde extrapolados para antecipar, monitorar e comparar diferentes dados da saúde. Dito isso, a padronização, a troca e a disponibilização dos dados passam a ser uma estratégia que irá viabilizar os próximos avanços da área da saúde e, dentro deste cenário, o blockchain surge como uma importante tecnologia habilitadora de parte destes futuros possíveis.
 

         Entre os profissionais que estiveram conosco, podemos destacar a presença do Don e Alex Tapscott, que realizaram a abertura dos dois dias de evento, trazendo a provocação de como o blockchain viabiliza a organização dos dados de maneira descentralizada nas organizações; Diógenes Firmiano (IASIS Health), que abordou o risco do sickcare, onde focamos muito na doença e com o potencial dos dados como poderemos focar na prevenção e predição; Ricardo Cappra (Cappra Institute), falando da necessidade da cultura analítica e sobre a tomada de decisão na saúde; Alessandra Siqueira (Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde), sobre sermos gerentes dos nossos próprios dados como consumidores e pacientes, além da necessidade da integração entre ciência, tecnologia, formação de indicadores e metas claras.

 

De forma resumida, alguns aprendizados se entrelaçaram entre os diferentes atores e lugares de fala, e julgo pertinente reforçarmos como pontos de visão conjunta para um futuro possível da saúde, com uma troca maior de dados intra e interinstituições:

1. É importante ajustarmos o foco da saúde do sickcare para equilibrarmos este sistema que corre riscos.

2. Colaboração deve ser uma palavra que se fará bastante presente nas mais diferentes discussões se o interesse for convergir para a melhora no cuidado.

3. A visão "hospitalocêntrica" e de silos já não é mais aceitável e formará boa parte do desafio de quebra de paradigmas para a saúde do futuro e o futuro da saúde.

4. Tecnologia não é barreira para avançarmos nas soluções de troca de dados, acesso e tudo mais que temas como interoperabilidade tratam hoje em dia.

5. O endereçamento de todos desafios elencados aqui obrigatoriamente passará pela conversa entre hospitais, indústria, governo, setor de ensino, com uma visão bastante convergente de futuro.

 

Se você achou interessantes os pontos trazidos, pode acompanhar a gravação do evento pelo nosso canal no YouTube:
 

Texto escrito por Thomas Troian.

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