O Instituto Nacional de Câncer (Inca), por meio do relatório ‘Estimativa: Incidência de Câncer no Brasil’, apresentou as estimativas dos casos se câncer para a população brasileira no ano de 2016. O tipo de maior incidência tanto em homens quanto em mulheres é o de pele não melanoma. Para homens há grande incidência de câncer de próstata e de pulmão; enquanto para mulheres há maiores ocorrências de câncer de mama e de intestino grosso. Diversos elementos podem influenciar no desenvolvimento da doença, além de fatores genéticos e a idade. A adoção de hábitos saudáveis é a melhor prevenção contra o câncer. Evite carnes processadas e embutidos; o tabagismo; produtos com amianto; e, quando possível, dê preferência a produtos orgânicos, tendo em vista que o uso de agrotóxicos está associado ao aumento do risco de câncer de próstata.  

Conheça os tipos

Câncer de pele não melanoma

É o mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no País. Tipo mais frequente em adultos, consiste em carcinoma basocelular e carcinoma epidermoide. Os sintomas se caracterizam por feridas na pele que demoram a cicatrizar (mais de quatro semanas); variação na cor de sinais pré-existentes; manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram. Em caso de dúvida procure um médico dermatologista.  

Câncer de próstata

É o câncer que ocorre na próstata – uma pequena glândula em forma de noz que envolve a uretra masculina logo abaixo da bexiga urinária. Usualmente o rastreamento se dá através do toque retal e PSA. Entretanto, a avaliação dos riscos e benefícios do tratamento deverá ser feita de forma individualizada com o médico. Tem evolução lenta e silenciosa, o que faz com que muitas vezes os sintomas passem despercebidos. Devem ser observados sintomas como dificuldade de urinar, necessidade mais frequente de urinar – tanto durante o dia quanto à noite. Em fase avançada pode provocar dores ósseas, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada e insuficiência renal.  

Câncer de mama

Os fatores relacionados ao risco de desenvolvimento da enfermidade são: idade; fatores endócrinos e história reprodutiva; aspectos comportamentais e ambientais; e fatores genéticos e hereditários. A principal manifestação da doença é o nódulo, fixo e geralmente indolor. Outros sintomas são: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e saída de líquido anormal das mamas. A detecção precoce é essencial, e pode ser feita pela observação constante da região. A mamografia é o exame de escolha para rastreamento. No Brasil é recomendada para mulheres entre 50 e 69 anos. Mulheres entre 40 e 49 anos devem discutir com seu médico o papel da mamografia individualmente.  

Câncer do intestino grosso

Alguns sinais podem indicar o desenvolvimento da doença: pessoas com anemia de origem indeterminada e que apresentem suspeita de perda crônica de sangue no exame de sangue; mudança no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre); desconforto abdominal com gases ou cólicas; sangramento nas fezes; sangramento anal e sensação de que o intestino não se esvaziou após a evacuação são sinais de alerta. Também pode ocorrer perda de peso sem razão aparente, cansaço, fezes pastosas de cor escura, náuseas, vômitos e sensação dolorida na região anal, com esforço ineficaz para evacuar. Diante desses sintomas, procure orientação médica. Parte desses tumores se inicia a partir de lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso – pólipos. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. O rastreamento está indicado para: (a) todas as pessoas a partir dos 50 anos, independentemente de sintomas; (b) quem te casos deste câncer na família, 10 anos antes da idade do caso mais precoce; (c) doenças específicas, como por exemplo doença de Crohn e retocolite ulcerativa. Existem diferentes métodos para fazer este rastreamento, sendo os mais comuns a colonscopia, a retossigmoidoscopia flexível e a pesquisa de sangue oculto nas fezes.  

Câncer de pulmão

É o mais comum dos tumores malignos. O consumo de derivados do tabaco se apresenta como a causa de aproximadamente 90% dos casos registrados. Exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, deficiência e excesso de vitamina A doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos (que predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) e história familiar de câncer de pulmão favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer. Os sintomas mais comuns para esta doença são a tosse e o sangramento pelas vias respiratórias. Pneumonia de repetição pode, também, ser a manifestação inicial da doença.  

Câncer do colo do útero

Também chamado de cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano –  HPV (chamados oncogênicos). Em sua fase inicial podem não aparecer sintomas. Evoluindo, podem aparecer quadros de sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual; secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados. Atualmente existe vacina para o HPV, que faz parte do calendário anual de vacinação para meninas de 9 a 13 anos, num total de três doses. Para mulheres que iniciaram a atividade sexual, a prevenção inclui o exame Papanicolau, realizado periodicamente em conjunto com o exame ginecológico, mesmo para quem foi vacinada contra o HPV.  

Câncer de estômago

Chamado também de câncer gástrico, os tumores do estômago são, na sua maioria, do tipo adenocarcinoma. O problema é mais predominante em homens, a partir dos 50 anos. Sem sintomas específicos, deve-se atentar a alguns sinais como perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto permanente na região abdominal. Massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do tamanho do fígado e presença de íngua na área inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo indicam estágio avançado da doença. Os tratamentos atuais com melhores resultados e chance de cura podem incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia, utilizadas de forma combinada ou isoladamente, dependendo de cada caso.  

Câncer da cavidade oral

Esta enfermidade afeta lábios e o interior da cavidade oral. Dentro da boca devem ser observados gengivas, mucosa jugal (bochechas) palato duro (céu da boca) e língua (principalmente as bordas), assoalho (região embaixo da língua). O câncer do lábio é mais comum em pessoas brancas e ocorre mais frequentemente no lábio inferior. Mais frequentes em homens acima dos 40 anos, tem como fatores de risco o tabaco, etilismo, radiação solar, higiene bucal deficiente e dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e rica em gorduras. Os principais sinais que devem ser observados são: lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias; manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato (céu da boca), mucosa jugal (bochecha); nódulos (caroços) no pescoço; e rouquidão persistente. Em casos mais avançados observa-se: dificuldade de mastigação e de engolir; dificuldade na fala; e sensação de que há algo preso na garganta.  

Dicas para uma vida saudável

Para prevenir não só o câncer, mas outras enfermidades, é fundamental realizar exercícios físicos e seguir uma dieta balanceada, composta de vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras, desde a infância. Além disso, é importante o combate ao tabagismo e a diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas.
Fonte: Inca Validação: Dr. Rui Weschenfelder, (CRM 26372), oncologista do Hospital Moinhos de Vento

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