O Dia Mundial do Sono, 15 de março, é uma chamada global e anual para a importância de se ter boa noite de descanso. Este ano, o World Sleep Society, trouxe para a campanha internacional o slogan: Sono saudável é envelhecer com saúde, visando diminuir a carga dos problemas do sono na sociedade por meio de uma melhor prevenção e gerenciamento dos distúrbios do sono. A maioria dos transtornos de sono são preveníveis ou tratáveis, mesmo assim, menos de um terço das pessoas buscam ajuda profissional. Atualmente, os problemas de sono representam uma epidemia global que prejudica a saúde e a qualidade de vida de cerca de 45% da população mundial. A privação voluntária de sono é apontada como um dos principais fatores. A privação do sono pode causar diabetes do tipo 2, hipertensão, distúrbios respiratórios e obesidade. Quem dorme menos de seis horas por dia ou sofre de distúrbios de sono também está mais propenso a desenvolver alguma doença cardíaca. A situação também pode influenciar no aumento de peso. Ao manter uma rotina de sono escassa, o hormônio Leptina, responsável por enviar a mensagem de saciedade para o cérebro, diminui, ao passo que os níveis de Grelina, um estimulante de apetite, se elevam. Outro fator vinculado à falta de sono diz respeito ao metabolismo, que é reduzido quando o ritmo circadiano e o sono são interrompidos. Uma das alternativas para combater seu impacto é o aumento de exercícios ou uma redução na ingestão calórica.  

São três os elementos cruciais para se ter uma boa qualidade de sono:

• Duração: o tempo de sono deve ser suficiente para o indivíduo sentir-se descansado e alerta no dia seguinte.
• Continuidade: os períodos de sono devem ser contínuos e sem fragmentação
• Profundidade: o sono deveria ser profundo o suficiente para ser restaurador.

 

Fonte: Dr. Geraldo Rizzo, neurologista do Hospital Moinhos de Vento, e Dr. Fernando Gerchman (CRM 22773), endocrinologista do Hospital Moinhos de Vento.