No Brasil, o câncer de estômago, também chamado de câncer gástrico, é o quarto tipo mais frequente entre os homens e o sexto entre as mulheres. Segundo o Instituto Nacional de Câncer - INCA, cerca de 65% dos pacientes têm mais de 50 anos. Mas o que causa a doença? Quais são os sintomas? E como é feito o diagnóstico? Para responder a estas e outras perguntas, o Blog Saúde e Você conversou com o Dr. Rui Weschenfelder, coordenador do Núcleo de Oncologia Gastrointestinal do Hospital de Vento. Acompanhe:

1. O que causa o câncer de estômago?

O câncer gástrico pode ter múltiplas causas. O principal fator de risco é a infecção crônica pela bactéria Helicobacter pylori, que pode causar inflamação persistente na mucosa gástrica, levando a lesões pré-malignas.

Além disso, hábitos alimentares desempenham um papel importante. O consumo excessivo de alimentos processados, embutidos, defumados e ricos em sal aumenta o risco devido à presença de substâncias como nitritos e nitratos, que podem se transformar em compostos carcinogênicos no estômago. Outros fatores incluem:

  • Histórico familiar de câncer gástrico;
  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
  • Presença de doenças pré-existentes, como gastrite atrófica e anemia perniciosa.

2. Quais são os principais sintomas?

Nos estágios iniciais, o câncer de estômago pode não apresentar sintomas evidentes, o que torna o diagnóstico precoce um desafio. Mas alguns sinais de alerta incluem:

  • Desconforto abdominal persistente;
  • Sensação de estômago cheio após pequenas refeições;
  • Azia e queimação frequentes;
  • Náuseas ou vômitos sem causa aparente;
  • Perda de peso sem explicação;
  • Fadiga e fraqueza.

Sendo que, se esses sintomas forem persistentes, é fundamental buscar avaliação médica para investigação adequada.

3. Como é feito o diagnóstico? Quais são os exames necessários?

O principal exame para diagnosticar o câncer gástrico é a endoscopia digestiva alta, que permite visualizar diretamente a mucosa do estômago e coletar amostras para biópsia. Outros exames que podem ser solicitados incluem:

  • Tomografia computadorizada (TC) – para avaliar a extensão da doença;
  • Exames de sangue – para detectar sinais indiretos da doença;
  • Pesquisa da bactéria H. pylori – para avaliar a presença do principal fator de risco.

4. Como é o tratamento mais indicado atualmente?

O tratamento do câncer de estômago depende do estágio da doença no momento do diagnóstico. Quando identificado precocemente, o tratamento pode ser curativo. As principais abordagens incluem:

  • Ressecção endoscópica: é indicada para tumores muito precoces, restritos à mucosa gástrica. E a remoção pode ser feita por endoscopia sem a necessidade de cirurgia aberta. Esse procedimento, minimamente invasivo, permite a retirada do tumor preservando o estômago;
  • Cirurgia (gastrectomia parcial ou total): é para tumores mais avançados, onde há necessidade de remover uma parte ou todo o estômago. Pode ser realizada por laparoscopia ou cirurgia aberta;
  • Quimioterapia: é utilizada para reduzir o tumor antes da cirurgia (neoadjuvante) ou para evitar recidivas após a remoção do câncer (adjuvante);
  • Radioterapia: em alguns casos, pode ser combinada com a quimioterapia;
  • Terapias-alvo e imunoterapia: são novas opções que têm mostrado benefícios para pacientes com tumores avançados, atacando alvos específicos nas células cancerígenas.

5. Como o Hospital Moinhos de Vento pode contribuir para a recuperação do paciente?

O Centro de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento oferece um atendimento integrado, com equipes multidisciplinares especializadas no tratamento do câncer gástrico. Entre os diferenciais, destacam-se:

  • Diagnóstico preciso e ágil: possui tecnologia avançada para exames e biópsias;
  • Equipe especializada: com oncologistas, cirurgiões, gastroenterologistas, radioterapeutas, radiologistas, patologistas, enfermeiras, nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas trabalham juntos para oferecer o melhor suporte ao paciente;
  • Apoio nutricional: uma vez que muitos pacientes precisam de um acompanhamento especializado para manter a alimentação adequada durante e após o tratamento;
  • Acesso a tratamentos inovadores: o Hospital Moinhos ainda participa de estudos clínicos e oferece terapias modernas, incluindo imunoterapia e terapias-alvo.

6. Na sua opinião, qual é a importância do diagnóstico precoce?

Infelizmente, muitos casos de câncer de estômago ainda são diagnosticados em estágios avançados. Quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de cura e menos agressivo tende a ser o tratamento. Portanto, se você apresenta sintomas persistentes ou tem fatores de risco, procure um especialista. O diagnóstico precoce salva vidas.

Fonte: Dr. Rui Weschenfelder (CRM 26372) é coordenador do Núcleo de Oncologia Gastrointestinal do Hospital de Vento.

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