Muitas pessoas desconhecem que existem diferenças entre a alergia alimentar e a intolerância alimentar. A alergia alimentar, ou hipersensibilidade ao alimento, se trata de uma resposta do sistema imunológico a uma determinada proteína contida no alimento. Já a intolerância alimentar é uma resposta exagerada do organismo causada pelo consumo de determinados alimentos, porém não há a participação do sistema imune nessa resposta. Já a intolerância à lactose é uma desordem metabólica na qual a ausência da enzima lactase no intestino determina uma incapacidade na digestão de lactose (açúcar do leite) que pode resultar em sintomas intestinais como distensão abdominal e diarreia. Portanto, a intolerância à lactose não é uma alergia alimentar, apesar de frequentemente confundida. Enquanto na intolerância à lactose, eventualmente, é possível ingerir pequenas quantidades de leite, na alergia às proteínas do leite, a alimentação não deve conter leite ou derivados. Genética A predisposição genética, (aqui não vai vírgula) à potência antigênica de alguns alimentos e as alterações intestinais tem importante papel. Existem mecanismos de defesa, principalmente do trato gastrintestinal que impedem a penetração do alérgeno alimentar e consequente sensibilização. Estudos indicam que de 50 a 70% dos pacientes com alergia alimentar possuem histórico familiar de alergia. Se o pai e a mãe apresentam alergia, a probabilidade de terem filhos alérgicos é de 75%. Qualquer alimento pode desencadear reação alérgica. No entanto, leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixe e crustáceos são os mais envolvidos. A sensibilização a estes alimentos (formação de anticorpos IgE) depende dos hábitos alimentares da população. O amendoim, os crustáceos, o leite de vaca e as nozes são os alimentos que com maior frequência provocam reações graves (anafiláticas). Os alimentos podem provocar reações cruzadas, ou seja, alimentos diferentes podem induzir respostas alérgicas semelhantes no mesmo individuo. O paciente alérgico ao camarão pode não tolerar outros crustáceos. Da mesma forma, pacientes alérgicos ao amendoim podem também apresentar reação ao ingerir a soja, ervilha ou outros feijões. São mais comuns as reações que envolvem a pele (urticária, inchaço, coceira, eczema), o aparelho gastrintestinal (diarreia, dor abdominal, vômitos) e o sistema respiratório, como tosse, rouquidão e chiado no peito. Manifestações mais intensas, acometendo vários órgãos simultaneamente (reação anafilática), também podem ocorrer. Nas crianças pequenas, pode ocorrer perda de sangue nas fezes, o que vai ocasionar anemia e retardo no crescimento. Diagnóstico O diagnóstico da alergia alimentar é de difícil precisão e feito sempre sob a orientação médica. O método mais utilizado é o de abolir o consumo dos grupos alimentares suspeitos por um período de tempo determinado e depois voltar a inclui-los na alimentação e observar o aparecimento dos sintomas. Outro exame típico é o teste sensibilidade cutânea, além da análise minuciosa do histórico clínico do paciente. O diagnóstico da intolerância alimentar é geralmente feito a partir de um levantamento clínico do paciente, incluindo frequência alimentar, exame físico, testes bioquímicos e imunológicos. Fonte: Nutricionista do Hospital Moinhos de Vento – Rosemeire Lima Lessi.

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