O câncer de intestino pode se apresentar de diferentes formas e facilmente ser confundido com outros problemas intestinais e doenças orificiais. Por isso, é importante estar atento aos detalhes. Conforme a coloproctologista, chefe do Serviço de Coloproctologia do Hospital Moinhos de Vento, Heloisa Guedes Mussnich, a patologia pode apresentar quadros de sangramento, dor abdominal, diarreia ou constipação, alternância do hábito intestinal, muco com ou sem sangue nas fezes, e, nos casos mais avançados, perda de peso, fadiga, obstrução intestinal, entre outros. Já as hemorroidas, por exemplo, que não necessariamente causam dor local, podem se manifestar como uma saliência perianal desconfortável ou sangramento anal. Esse último, por sua vez, também pode ser resultado de uma colite (doença inflamatória) ou um tumor colorretal. Na colite, ocorre diarreia com ou sem muco e sangue, acompanhada ou não de dor abdominal, os mesmos sintomas que podem evidenciar uma diverticulite (inflamação) ou, de novo, um tumor de cólon. É possível ver a semelhança entre os sintomas e até uma relação entre eles. Entretanto, a especialista explica que não necessariamente os problemas intestinais e orificiais levam ao agravante do câncer de intestino, mas é necessário diferenciar para tratar de forma correta e estar alerta a qualquer nova mudança. “Sendo assim, a combinação ou interposição de sintomas caracterizam uma série de problemas coloproctológicos, desde os mais simples e de fácil manejo até os mais complexos, que devem ser avaliados cuidadosamente por um profissional ciente de todas essas possibilidades”. O câncer colorretal é um tipo de tumor que acomete uma área do intestino grosso (o cólon) e o reto. A doença possui tratamento, mas precisa ser detectada precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. O exame mais indicado é a colonoscopia. “Existem formas de triagem, como teste de sangue oculto nas fezes e retossigmoidoscopia, que são “rastreadores”. Nos casos muito avançados, a tomografia abdominal ou outro exame de imagem como a ressonância, também identificam de forma eficiente. ” Os mais recentes tratamentos para o câncer de intestino incluem: cirurgia minimamente invasiva; radio e quimioterapia individualizadas (às vezes até com o uso de comprimidos), e em casos avançados, a peritoniectomia com quimioterapia hipertérmica transoperatoria. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2016 a patologia foi a que mais cresceu no Brasil, com 34.280 vítimas. No Rio Grande do Sul, foram 1.510 homens e 1.680 mulheres diagnosticados e, em Porto Alegre, respectivamente, 290 e 370. Esse aumento, garante Heloisa, pode estar fortemente ligado a alimentação. “As refeições estão cada vez mais pobres em fibras, vitaminas e sais minerais. Os embutidos e os excessos de gordura de proteína animal aumentam o risco da doença, assim como o sedentarismo, o tabagismo e o estilo de vida atribulado e estressante.” O câncer de intestino apresenta tendências hereditárias, mas não é uma herança garantida. “Existem síndromes genéticas que desenvolvem câncer em praticamente todos os afetados – a menos que a vigilância inicie antes do previsto para a população. Essas famílias, que têm polipose (síndrome hereditária), por exemplo, devem ser acompanhadas desde cedo. ”
Fonte: chefe do Serviço de Coloproctologia do Hospital Moinhos de Vento, Heloisa Guedes Mussnich

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