Boatos e modismos surgem como promessas de salvação para quase tudo.  Mas cuidado: métodos alternativos podem complementar o tratamento do câncer, mas jamais substituir as terapêuticas convencionais, inclusive, podem interferir negativamente nos desfechos clínicos. “Alguns tipos de chás e ervas podem aumentar ou diminuir o efeito das medicações convencionais, por um lado potencializando o aumento das toxicidades da quimioterapia, por exemplo; e por outro lado, quando diminuem a eficácia, podem comprometer os resultados do tratamento, aumentando a chance de retorno ou descontrole da doença”, explica Pedro Isaacsson, médico do serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento.   Entre os métodos alternativos há dietas, massagens e exercícios. Bons hábitos são sempre bem-vindos, mas pode ser perigoso pensar que apenas um estilo de vida saudável seria capaz de fazer um tumor regredir. “Não há evidências que qualquer tipo de dieta, por si só, seja capaz de combater o câncer. Durante o tratamento, a recomendação é que o paciente tenha uma dieta equilibrada, mantendo, na medida do possível, seus hábitos alimentares prévios”, comenta o profissional.  
Além do uso de métodos alternativos, alguns pacientes se negam completamente a realizar os tratamentos convencionais, o que pode levar à piora dos sintomas, além da impossibilidade de cura.
  De acordo com Isaacsson, atualmente o tratamento para o câncer está muito mais tecnológico, e não há motivos para temer a terapêutica. “Antes de chegar aos pacientes, todas as medicações são extensamente testadas, primeiro em células, depois em animais, para então começar a ser experimentadas em humanos. Há uma série de fases que uma droga deve ser submetida antes de ser comercializada. Então, todos os tratamentos são supervisionados por profissionais competentes, são extremamente seguros para os pacientes, e os perfis de efeitos colaterais são extensamente conhecidos e previsíveis”, pontua o oncologista.   Mesmo nos casos em que a doença já está em estado avançado, ainda vale a pena investir em tratamentos como quimioterapia, pois muitos tumores são extremamente sensíveis a essa terapêutica e o paciente tem grande potencial de melhorar os seus sintomas e viver melhor. Entretanto, cada caso deve ser avaliado individualmente por um médico oncologista, que saberá indicar quando a quimioterapia é o tratamento mais adequado.  
Pedro Isaacsson (CRM: 34320), médico do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento e fellow do Johns Hopkins Hospital. (LINK: https://www.hospitalmoinhos.org.br/servico-medico/oncologia/)

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