Convulsão é uma atividade elétrica anormal do cérebro, que pode causar desmaio e movimentos anárquicos dos músculos do corpo. Em sua maioria, as convulsões duram alguns segundos ou poucos minutos. Nestas situações, as pessoas que estão próximas ao paciente convulsionando podem se assustar. Nesse momento é fundamental conhecer procedimentos básicos para saber como lidar com a crise convulsiva, pois ações de segurança fazem uma grande diferença para evitar danos maiores. Por conta disso, o médico emergencista do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Luiz Fernando Soares Varela, passa orientações de como reagir nesses casos.

Causa da Convulsão

A convulsão não é uma doença e sim um sintoma, tal como a febre. Trata-se de um sintoma que não corresponde exclusivamente a uma doença específica podendo, portanto, estar relacionada a inúmeras patologias. Abuso de medicação/drogas, acidente vascular cerebral (AVC), glicose baixa no sangue ou traumatismo craniano podem desencadear crises convulsivas. Crises de ansiedade muitas vezes geram quadros orgânicos que se assemelham às convulsões, porém não as são.

Procedimentos recomendados

Durante os “longos” poucos minutos da crise convulsiva clássica, a tônico-clônico generalizada (aquela que o corpo todo treme enquanto a pessoa fica irresponsiva), as pessoas que estiverem ao redor devem ter o cuidado de proteger e amparar a vítima para evitar que os abalos musculares causem danos. Ações como afastar móveis ou outros objetos próximos à vítima ou amparar a cabeça dela para evitar que fique batendo no chão são algumas medidas importantes para o cuidado com o paciente. Depois de cessada a crise, a pessoa estará inconsciente e com a musculatura muito relaxada (inclusive os esfincteres urinários e intestinais – o que pode levar à perda de fezes e/ou urina após a crise). Devemos ter o cuidado para deixar a pessoa de lado para evitar que a queda da base da língua obstrua a passagem do ar na garganta e também para deixar escorrer secreções como saliva (após a crise há um aumento da produção de saliva) ou sangue (durante as crises, mordidas ocasionais podem causar lesões na língua ou na parte interna da bochecha). Afastar curiosos e proteger a pessoa com um lençol pode gerar algum conforto à medida que ela for recuperando os sentidos, principalmente se tiver acontecido liberação de esfincteres. Chamar ajuda é imprescindível – acione o SAMU 192 para obter informações sempre que achar necessário. Tão importante saber o que deve ser feito é também saber o que NÃO fazer: não devemos tentar puxar a língua ou enfiar nada na boca da pessoa. E saber que convulsão não é contagioso, ou seja, se encostar na saliva da pessoa não “pega”.

Casos com crianças

Os cuidados com as crianças seguem as mesmas orientações para convulsão em adultos. Em casos de condição da “convulsão febril”, um quadro benigno que normalmente não é recorrente e nem deixa sequelas podendo afetar até 5% da população infantil entre 6 meses e 5 anos. É uma convulsão associada a um episódio febril e que pode tentar ser evitada com o tratamento precoce da temperatura.  
Fonte: Dr. Luiz Fernando Soares Varela (CRM 32171), médico emergencista do Hospital Moinhos de Vento.
 

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Prêmios e Certificações

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