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February 26, 2020 |Institucional
Estudo realizado pelo Hospital Moinhos de Vento em parceria com o Ministério da Saúde, por intermédio do Proadi-SUS, identificou que a infecção por HPV atinge igualmente todas as classes sociais no Brasil. Os dados mostram prevalência da infecção em 51% da classe A-B, 53% da classe C e 55% da classe D-E.
O POP-Brasil, estudo epidemiológico sobre a prevalência Nacional de Infecção pelo HPV, visa traçar um panorama e avaliar o impacto da infecção no país. Ele foi realizado entre 2016 e 2017, em 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, entrevistou e coletou material biológico de 7.694 participantes, com idade entre 16 e 25 anos, e foi o primeiro a utilizar uma amostra nacional, com diversidade de raça e classe social para caracterizar determinantes sociais relacionadas ao HPV.
O recorte da pesquisa que analisou o estado conjugal dos participantes concluiu que a prevalência do vírus é maior em pessoas que declaram não ter parceiros fixos, representando 41% dessa população. Entre as raças, pessoas declaradas pardas são 56% do total da população com prevalência da infecção. Na delimitação que investigou o nível de escolaridade dos participantes, quem estudou até o nível médio apresentou maior número, significando 55%.
Entenda o que é o HPV
Segundo o Ministério da Saúde, o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que acomete a pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, podendo provocar verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus.
O vírus pode provocar câncer de colo uterino que, conforme o Instituto Nacional do Câncer, é o terceiro tipo mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte entre as mulheres. Outros tumores também estão associados ao vírus, como câncer vulvar, vaginal, peniano e de canal anal.A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Entretanto, em alguns casos, podem aparecer verrugas na região genital, ânus ou na boca. O tratamento consiste na destruição eliminação das verrugas e não necessariamente do vírus. Já o diagnóstico é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão.
Validação: médica epidemiologista e responsável técnica do projeto, Eliana Wendland, e a consultora técnica, Natalia Luiza Kops.