Nos últimos anos, a dengue tem se tornado uma das doenças mais preocupantes no Brasil. E não é para menos. Segundo dados do Ministério da Saúde, os casos notificados de dengue subiram de 764 mil em 2011 para 1 milhão e 500 em 2016, totalizando mais de 6 milhões e 500 mil casos neste período. Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho, coordenador do Núcleo de Vacinas na Unidade Iguatemi do Hospital Moinhos de Vento, explica que essa doença infecciosa pode se apresentar de forma assintomática ou sintomática. “Na forma assintomática, embora o paciente esteja com a infecção, ela não apresenta nenhum sinal ou sintoma, passando desapercebida. Já nas formas sintomáticas, os quadros podem ser leves com poucos sintomas até quadros mais importantes como a dengue clássica e a dengue hemorrágica”.
Estudos realizados mostram também a diminuição de 81% nos casos de hospitalização, 93% de casos de dengue grave e 93% de casos de febre hemorrágica
Para isso, um importante aliado na sua prevenção está disponível para a população desde 2016: a primeira vacina contra a dengue, disponibilizada pelo laboratório Sanofi-Pasteur. Segundo o infectologista, foram obtidos bons resultados. “Esta vacina oferece proteção contra os 4 sorotipos da dengue, sendo 58% para denv-1, 47% para denv-2, 74% para denv-3 e 83% para denv-4). Estudos realizados mostram também a diminuição de 81% nos casos de hospitalização, 93% de casos de dengue grave e 93% de casos de febre hemorrágica”, afirma. Recomendada para pessoas de 9 a 45 anos de idade, é importante que a vacina seja administrada três vezes, com intervalo de 6 meses entre as doses. Apesar da eficácia, o médico alerta que nem todos podem tomar a vacina. “É contraindicada quando há reação alérgica a algum componente da vacina ou a própria vacina, gestantes e com suspeita de gravidez, na amamentação, imunodeprimidos (pacientes com doenças que diminuem a resposta imunológica de defesa) e imunossuprimidos (pacientes que estejam fazendo tratamentos como quimioterapia, radioterapia ou uso de imunobiológicos)”. Algumas situações temporárias também podem causar contraindicação para algumas pessoas. “Febre nas últimas 48 horas ou uso de alguma outra vacina até 30 dias antes. Mulheres devem ser orientadas a não engravidar nas 4 semanas após a aplicação de cada dose. A vacina contra a dengue também não deve ser aplicada junto a outras vacinas no mesmo dia”. O especialista acrescenta que quem já teve dengue pode se vacinar após 30 dias. “Uma nova infecção por outro sorotipo dos vírus da dengue aumenta a chance da doença se apresentar da forma mais grave, aumentando o risco de morte”. O infectologista ressalta que alguns efeitos colaterais podem ser experimentados em quem é aplicada a vacina. “Dentre as mais comuns estão as reações no local da aplicação, como dor, inchaço, vermelhidão. Em um número bem menor de casos pode haver reações sistêmicas como mal-estar leve, dor de cabeça e cansaço, com duração de 1 até 3 dias após a aplicação”. Além do cuidado local, a vacinação contra a dengue também é indicada para quem pretende fazer alguma viagem. No Brasil, é recomendada principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde há alta prevalência de casos de dengue. No caso de viagens internacionais, a orientação é para destinos que ficam na zona tropical, que engloba a América Central e a América do Sul, Ásia e África.

Cuidados adicionais contra o Aedes

Esta vacina é específica para prevenir a doença causada pelo vírus da dengue, não protegendo outras patologias causadas pelo Aedes aegypti. Dr. Paulo alerta que atitudes do dia também devem ser tomadas para evitar, não só a dengue, mas Zika, Chikungunya e Febre Amarela, causadas pelo mosquito. “Eliminação dos focos de reprodução do mosquito, uso de repelentes, vestuário adequado (calças e mangas longas), mosquiteiros, telas em janelas e portas, evitar horários de maior atividade do mosquito (amanhecer e entardecer) diminuem o risco de contágio com o vírus”. A vacina contra a Dengue está disponível no Núcleo de Vacinas da Unidade Iguatemi do Hospital Moinhos de Vento, localizada no 3º andar do Shopping Iguatemi.
Fonte: Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho (CRM: 29512), coordenador do Núcleo de Vacinas na Unidade Iguatemi do Hospital Moinhos de Vento

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Prêmios e Certificações

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