Quando sentimos dor de cabeça, por exemplo, logo buscamos um remédio para aliviar o mal-estar. Este gesto, aparentemente inofensivo, se chama automedicação e pode desencadear consequências graves para a saúde. Segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (SINITOX-Fiocruz), a intoxicação por medicamentos de forma não intencional está entre os campeões de relatos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) implementou algumas ações para reduzir o uso indiscriminado de alguns medicamentos como antibióticos. Entretanto, os medicamentos considerados de venda livre também trazem riscos e danos à saúde se utilizados sem a orientação devida.

O paracetamol é outro medicamento que possui riscos.

A coordenadora de Farmácia do Hospital Moinhos de Vento, Bianca Gubert Borges, comenta que a restrição na venda dos antibióticos teve como consequência o aumento no consumo dos anti-inflamatórios que apresentam grande risco a saúde. Segundo ela, estes medicamentos, podem interferir na absorção de eletrólitos, aumentar a pressão arterial, provocar gastrite e até mesmo falência renal ou sangramentos digestivos em pacientes suscetíveis, além de mascarar outros sintomas importantes para um diagnóstico preciso e definitivo. O paracetamol é outro medicamento que possui riscos. Ele é utilizado com diferentes nomes, dosagens e em associações com outros medicamentos. “Se consumido em doses acima das recomendadas pode levar a graves consequências e lesões hepáticas irreversíveis” alerta Bianca.

Fonte: Bianca Gubert Borges, coordenadora da Farmácia no Hospital Moinhos de Vento.