A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alterou os parâmetros para o controle do LDL, conhecido como colesterol ruim.
Foi criado um novo perfil que são as pessoas com alto risco de eventos cardíacos. Essas deverão manter a taxa abaixo de 50 mg/dl, antes a medida era de 70 mg/dl.
As taxas de colesterol total também mudaram, de 200 para 190,70 mg/dl, assim como o HDL, colesterol bom, de 60 para acima de 40,70 mg/dl. A mudança foi publicada na nova versão das Diretrizes de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, documento que serve como fonte de informação e referência. Conforme o cardiologista Dr. Carlos Ferreira, do Serviço de Cardiologia do Hospital Moinhos de Vento, “os parâmetros estão em conformidade com as orientações já adotadas em outros países e tem como objetivo estabelecer níveis mais seguros e, através disso, tornar o tratamento mais eficiente”. Para agravar a situação, dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam que 67% dos brasileiros desconhecem as próprias taxas de colesterol. Por isso, Dr. Carlos alerta para a necessidade de realizar exames periódicos em casos de pessoas com mais de 40 anos e, a partir dos 20 anos, para aqueles com histórico de doença coronariana em pai com menos de 55 anos e mãe com menos de 65. O colesterol é considerado um dos principais fatores de risco de doenças cardiovasculares. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela acomete cerca de 17,5 milhões de pessoas no mundo, causa número um em casos de óbito em todo o planeta. Grande parte dessas vítimas tinham comportamentos considerados não saudáveis, como fumar, consumir alimentos com excesso de sal e não praticavam atividade física correta e regular.  O especialista garante que esse é um problema de saúde pública. “As pessoas estão se cuidando menos, principalmente em países mais pobres, onde as taxas de eventos cardiovasculares aumentam cada vez mais. ” Entre as medidas preventivas, o especialista recomenda dietas com moderação em gorduras, atividade física regular e evitar o tabagismo. Entre os tratamentos mais usados estão as medicações, como as estatinas (são fármacos usados no tratamento da hipercolesterolemia e na prevenção da aterosclerose). O chamado “mau colesterol”, o LDL, quando se encontra em excesso na corrente sanguínea, pode desencadear doenças nas artérias. O papel do HDL, conhecido também como o “bom colesterol”, é remover as placas de colesterol das artérias, levando-as de volta ao fígado. “Quanto maior o HDL e menor o LDL melhor, mais protegido está o paciente, ” explica o Dr. Carlos. O que é colesterol e os grupos de risco? Conforme explica a Dra. Carisi Anne Polanczyk, chefe do Serviço de Cardiologia, Cirurgia Vascular e Cardíaca do Hospital Moinhos de Vento, em outra matéria publicada no blog Saúde e Você, o colesterol é um composto químico que faz parte da membrana das células do organismo. Parte dele é produzido pelo próprio corpo humano, enquanto outra parte pode ser consumida por meios da alimentação. Com relação aos grupos de risco, de acordo com a nova Diretriz, foram incluídos os indivíduos que já passaram por problemas cardiovascular graves, como infarto ou derrame. A norma também ressaltou os parâmetros para os perfis já existentes. Os considerados no grupo de risco alto: diabéticos, pessoas com aneurisma de aorta abdominal e doença renal crônica podem manter o LDL abaixo de 70 mg/dl. Os de risco intermediário, indivíduos com pressão alta, devem manter o índice de colesterol ruim abaixo de 100 mg/dl.
Fonte: Dr. Carlos Ferreira, do Serviço de Cardiologia do Hospital Moinhos de Vento (CRM: 20362).

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