Recente Informe Epidemiológico do Ministério da Saúde notificou 6.004 casos de gripe influenza apenas neste ano. Desse número, 3.599 foram classificados como H1N1, 604 são do tipo influenza A não subtipado, 399 considerados Influenza B e 1.402 caracterizados como H3N2. A gripe é uma doença causada pelo vírus Influenza, que possui diferentes subtipos. Conforme o Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho, infectologista e coordenador do Núcleo de Vacinas do Hospital Moinhos de Vento, ela atinge, principalmente, as vias respiratórias superiores, causando faringite, rinite, sinusite e laringite, mas também pode afetar as inferiores, causando tranqueíte, bronquite, bronquiolite e pneumonia. Os sintomas, geralmente de início súbito e forte intensidade, incluem febre alta, cansaço, tosse, mal-estar e dores na garganta, cabeça, articulações e músculos, diferentemente do resfriado, que apresenta um quadro mais leve e prolongado e de início gradual. A febre alta e a intensidade dos sintomas são os principais diferenciais entre essas duas patologias. Para o Dr. Paulo, buscar o atendimento médico imediato é necessário e garante a eficácia dos medicamentos. “Realizar os exames no início dos sintomas, além de possibilitar um diagnóstico correto, também auxilia na escolha do tratamento adequado, conforme as características de cada indivíduo. No caso da gripe, é fundamental iniciar a medicação em até 48h após os primeiros sintomas, conforme mostram os estudos. Acima de tudo, a febre sempre é um sinal de alerta.”  

Transmissão

A gripe, assim como outras infecções virais, pode ser transmitida através de fluidos e secreções. Por isso, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o frio não é o causador nem da gripe e nem do resfriado, mas sim uma condição que facilita a transmissão através da aglomeração de pessoas em ambientes fechados. Dessa forma, o Dr. Paulo recomenda alguns cuidados:

• Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
• Evite ambientes fechados e com muitas pessoas.
• Mantenha as janelas do trem ou do ônibus sempre abertas, mesmo nos dias mais frios.
• Nunca use medicamentos sem orientação médica e, em caso de suspeita de gripe, procure seu médico ou a unidade de saúde mais próxima.
• Quem está resfriado ou gripado não deve, em hipótese alguma, visitar pessoas doentes, especialmente crianças e bebês em casa ou no ambiente hospitalar.
• Em caso de doença febril com tosse, o melhor é evitar sair de casa. Se não for possível, respeite as regras de etiqueta da tosse e higienização das mãos.
• Ao tossir, evite de cobrir a boca com as mãos a fim de evitar que o espirro se espalhe; utilize a dobra do cotovelo para cobrir a boca.
• Higienizar as mãos com frequência, com álcool-gel ou água e sabão, principalmente após tocar no rosto.
• Utilizar lenços descartáveis e higienizar a mão logo após tossir ou espirrar.

  Vacine-se e estimule as pessoas do seu convívio a fazerem o mesmo! Quando várias pessoas estão imunizadas, a chance de adoecer e transmitir o vírus diminui e protege aqueles que não podem receber a vacina, como as crianças abaixo de 6 meses de idade.  

Fonte: Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho (CRM: 29512), infectologista e coordenador do Núcleo de Vacinas do Hospital Moinhos de Vento.