Estudo apresentado durante a conferência do Instituto Nacional de Pesquisa do Câncer, em Liverpool, no Reino Unido, indica que algumas bactérias que vivem no intestino humano estimulam o corpo a responder de forma positiva a drogas usadas no tratamento de câncer. A pesquisa concluiu que os níveis da bactéria Ruminococcus eram muito mais elevados naqueles que conseguiram responder ao tratamento. O que pode indicar que é possível aumentar a eficácia do tratamento alterando o equilíbrio das bactérias no intestino. Segundo os cientistas da Universidade do Texas, nos EUA, que conduziram o estudo, quanto mais diversidade de micro-organimos intestinais uma pessoa tiver, mais propensão ela tem de se beneficiar de imunoterapias — aquelas que aproveitam as próprias defesas do organismo para combater tumores.
Hoje, sabe-se que habitam no tubo digestivo trilhões de micro-organismos importantes para o seu bom funcionamento. Mas as alterações provocadas por fatores ambientais, pelo fumo, pelo álcool e por medicamentos podem alterar esta composição, prejudicar o funcionamento e causar patologias
De acordo com o Dr. Ismael Maguilnik, chefe do serviço de Gastroenterologia do Hospital Moinhos de Vento, os assuntos têm ligação e são muito interessantes. “Um assunto é classificado hoje como microbiota do tubo digestivo. O outro é a imunoterapia e a facilitação pela microbiota. Atualmente, inúmeros estudos têm se preocupado com a perspectiva de estudar a microbiota do tubo digestivo e os fatores que influenciam positiva ou negativamente a sua composição. Até 1982 o estômago era considerado estéril e, portanto, um local isento de bactérias. Um novo mundo se abriu a procura de novas microbiotas com a descoberta da presença da bactéria no estômago chamada de Campilobacter pyloridis, e depois reclassificada como Helicobacer pylori, pelos australianos Drs. Morson e Marschall.  Por essa descoberta e contribuição para a ciência, eles receberam o Prêmio Nobel da Medicina. Hoje, sabe-se que habitam no tubo digestivo trilhões de micro-organismos importantes para o seu bom funcionamento. Mas as alterações provocadas por fatores ambientais, pelo fumo, pelo álcool e por medicamentos podem alterar esta composição, prejudicar o funcionamento e causar patologias”, explica. Foram comparados os tipos de bactérias intestinais presentes em 23 pacientes que responderam bem à terapia e 11 pacientes que não tiveram sucesso. “O mundo da ciência se volta para estudar esses micro-organismos e ainda estamos numa fase de avaliação. Inúmeros trabalhos têm sido publicados e as alterações quantitativas de uma espécie em favor de outra podem ser causas de modificações da fisiopatologia dos seres humanos”, completa Dr. Ismael Maguilnik.
Fonte: Dr. Ismael Maguilnik, chefe do serviço de Gastroenterologia do Hospital Moinhos de Vento

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Prêmios e Certificações

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