A Sociedade Brasileira de Hipertensão define a hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, como uma doença em que o sangue bombeado pelo coração para irrigar os órgãos ou movimentar-se exerce uma força elevada sobre as artérias, fazendo com que esta ofereça resistência para a passagem do sangue. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, realizada entre os anos de 2006 e 2016, os diagnósticos de hipertensão cresceram 14,2%, chegando a um total de 25,7% brasileiros que apresentam essa condição. Porto Alegre é a terceira capital com maior prevalência, onde esse número é de 28,2%, acima da média nacional. Outro dado importante é o número de diagnósticos por gênero, em que mulheres têm maior predominância de casos que homens, com uma porcentagem de 27,5% e 23,6% respectivamente. Para a cardiologista Dra. Carisi Polanczyk, chefe do Serviço de Cardiologia, Cirurgia Vascular e Cardíaca do Hospital Moinhos de Vento, alguns fatores podem ter colaborado para o aumento desse número. “Dados sobre a diferença de hipertensão de acordo com gênero aparecem também em outros países, sendo usualmente atribuídos ao fato das mulheres procurarem mais cedo e mais frequentemente assistência médica, fazendo diagnóstico precoce da doença e efetivo controle. Em vários relatos internacionais homens parecem ter uma taxa maior de pressão não controlada. De forma ampla, independente de gênero, o maior conhecimento da população em relação à importância de medir a pressão arterial e procurar um médico para correta avaliação, além do aumento da expectativa de vida com envelhecimento da população podem ter contribuído para esses percentuais”, explica.  
Quanto às causas, a cardiologista alerta que o sedentarismo, obesidade e ingesta de alimentos ricos em sal e gordura estão entre os principais motivos desse incremento.
  Quanto às causas, a cardiologista alerta que o sedentarismo, obesidade e ingesta de alimentos ricos em sal e gordura estão entre os principais motivos desse incremento. No mesmo estudo, a obesidade cresceu 60% nos últimos 10 anos. No total, mais da metade dos brasileiros estão com excesso de peso, chegando a 53,8% da população. “Estamos mais sedentários, com hábitos de alimentação não saudáveis, sem controle da ingesta de sal na produção e industrialização de alimentos. O maior nível de sedentarismo e o aumento das taxas de obesidade contribuem para níveis de pressão arterial. Acesso a alimentos rápidos, como lanches e fast food, além da redução de atividades físicas de lazer como caminhadas e ciclismo”. A curto prazo, a pressão arterial elevada não tem sintomas, mas pode desencadear diversas patologias futuramente. Dra. Carisi alerta que várias doenças podem surgir a partir do não controle da pressão. “As mais frequentes são o acidente vascular cerebral (AVC), doença coronariana aterosclerótica – com infarto do miocárdio –, doença renal terminal com necessidade de diálise, além de doenças vasculares em todos órgãos, dificuldade de deambulação, claudicação, impotência sexual e insuficiência cardíaca”. A médica afirma que, no consultório, a maior parte das dúvidas é em relação ao diagnóstico definitivo da doença. “Dúvidas sobre o controle dos níveis da pressão arterial para toda vida com uso de medicação e se o seu uso está adequado e efetivo”. Ela ressalta que a prevenção ainda é o melhor investimento para evitar o quadro de hipertensão. “Manter o peso adequado para altura (IMC abaixo de 25), reduzir a ingesta de sal (5 gramas ao dia), praticar atividade física regular (150 minutos por semana de moderada intensidade), evitar excesso de bebidas alcoólicas, não usar drogas ou estimulantes e medir a pressão regularmente após os 20 anos de idade”. Para os casos estabelecidos com níveis de pressão alta (diagnóstico de hipertensão arterial) é crucial o controle adequado, com correções dos hábitos saudáveis, bem como o uso regular e criterioso de medicação anti-hipertensiva.
Fonte: Dra. Carisi Polanczyk, CRM 19229, chefe do Serviço de Cardiologia, Cirurgia Vascular e Cardíaca do Hospital Moinhos de Vento

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