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June 19, 2019 |Institucional
A data de hoje (21 de julho) é marcada pelo início do Inverno e pelo Dia Internacional da Asma. A asma é uma doença que acomete 20 milhões de brasileiros (adultos e crianças), com seis mortes por dia no Brasil. Os motivos principais de não controle da doença são desconhecimento sobre riscos da asma (crises, hospitalização e perda de função pulmonar) e desconfiança sobre segurança dos medicamentos (os tratamentos são muito seguros e bem eficazes). Por conta disso, o coordenador institucional de Pesquisa e médico pneumologista pediátrico do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Paulo Pitrez alerta sobre a doença e orienta quais são as formas de tratamento.
A asma e suas formas de tratamento
Para realizar a classificação do paciente da asma é necessário levar em conta a quantidade de remédios que a pessoa precisa para ficar bem, ou seja, sem apresentar sintomas. Essa análise é feita avaliando os períodos de crise da asma e também o tratamento contínuo, feito por toda a vida, já que a doença é crônica.
Os sintomas são, geralmente, falta de ar, aperto no peito, chiado, entre outros, que podem aparecer durante o dia ou à noite. O paciente não consegue respirar direito durante a crise. Todos esses sintomas podem atrapalhar a vida da pessoa, impedindo-a de realizar atividades físicas e de trocar de ambientes com diferentes temperaturas. Em um dia ensolarado, o simples ato de entrar em um carro com ar condicionado se torna um sacrifício.
No caso da asma leve, em uma crise, por mais forte que ela pareça ser, o corticoide inalado resolve o problema, mesmo sendo administrado em doses pequenas.
Agora, se for necessária uma quantidade um pouco mais alta de corticoide, ou ainda o uso de um broncodilatador, que vai ajudar a desinchar os brônquios, facilitando a respiração, a doença está em um estágio mais moderado. A pessoa consegue controlá-la, mas precisa de uma dosagem maior para chegar nesse ponto.
Por último, existe o estágio grave da asma, com internações periódicas e longas, crises mais fortes e alta dosagem de medicamentos no tratamento. Segundo os médicos que trabalham na área, uma parcela pequena da população asmática tem a doença nesse grau: cerca de 4% do total, o que equivale a mais ou menos 800 mil pessoas, em um universo de 20 milhões.
Nesses casos, a dosagem é alta e se alia mais de um remédio até que o paciente apresente melhora. O acompanhamento também precisa ser mais atento dos profissionais de saúde.
A asma é uma doença tratável, de elevada prevalência, hospitalização e mortalidade no Brasil, cuja educação sobre a doença e acesso ao tratamento são essenciais para que o paciente possa levar uma vida normal. Confira a matéria com participação do Dr. Paulo Pitrez no Estadão.