O Dia Mundial de combate ao Acidente Vascular Cerebral, 29 de outubro, tem como objetivo conscientizar a população sobre essa doença que é a segunda maior causa de morte no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em 2016, foram registrados 188.223 internações para o tratamento de AVC isquêmico e hemorrágico e 40.019 óbitos.
A Dra. Sheila Ouriques Martins, chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, explica que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou derrame cerebral é a principal causa de incapacidade neurológica no país e se caracteriza por uma alteração circulatória focal no cérebro, que causa um déficit neurológico. “O AVC se classifica em dois tipos: isquêmico ou hemorrágico e o diagnóstico ágil e preciso evita danos permanentes ou sequelas, além de determinar a terapia correta a ser adotada, pois ela é diferenciada para cada tipo de AVC”, afirma.
O AVC isquêmico ocorre em 87% dos casos de AVC e se caracteriza pelo comprometimento de alguma artéria cerebral, quando há uma obstrução da artéria, impedindo a passagem de sangue e oxigênio para as células cerebrais, que morrem. Essa condição é chamada de isquemia. O AVC hemorrágico corresponde de 13% dos casos e acontece quando há um rompimento de um vaso cerebral e ocorre sangramento (hemorragia) em algum ponto do sistema nervoso. A diferença do AVC hemorrágico e do AVC Isquêmico é que o segundo decorre da obstrução de uma artéria e não pelo seu rompimento.